O paradoxo filosófico é uma afirmação que começa com uma premissa verdadeira, porém com investigação mostra-se uma farsa. Atualmente, com o aumento dos canais de comunicação virtuais, observou a popularização do compartilhamento de informações sem compromisso com a veracidade, conhecida como “hoax”, o telefone sem fio da contemporaneidade. A notícia é um produto, que por muitas vezes ocorre a combinação proposital fato e a versão, o real e o imaginário, o acontecimento e a ficção, em prejuízo de algo e/ou alguém. A falsa confluência entre informação e veracidade toma espaço na tenuidade dos novos meios de comunicação, pela sua velocidade de propagação e a quantidade de informação fornecida. Nessa ótica, outrora todo conteúdo publicado para repasse de informação passava pelo redator, hoje um simples ato de postar nas redes sociais vulnerabiliza o receptor, que por vezes recebe informações sem vínculo com a verdade, influenciando opiniões e imagens sobre devido assunto ou individuo, as “hoax” estão presente frases de pensadores à morte de famosos. Nesse hiato, é fundamental enfatizar que a mídia promove uma intermediações entre as esferas sociais, contudo, vale ressalvas pelo poder de influência, como no caso do casal de comerciantes que quase foram linchados por populares, pela falsa acusação de estarem raptando crianças, farsa propagada indiscriminadamente e sem fundamento por uma rede social, comprometendo a vida e a segurança das vítimas. Em suma, o risco das “hoax” tem o alcance além do âmbito individual invadindo o meio coletivo, ocasionado incontáveis mazelas sociais. Atentar-se a veracidade e pluralidade do fato notificado, desconfiar de notícias com chamadas chocantes e dramáticas, checar as informações antes de compartilhar e denunciar conteúdos falsos principalmente no meio virtual que conta com plataformas para delações, uma mentira dita mil vezes não é uma verdade.