Título da redação:

Fake news na era da informação

Tema de redação: "Hoax", notícias falsas e suas implicações em sociedades

Redação enviada em 16/03/2018

Mídias. Fake News. Violências. Mortes. Essa sequência faz parte do cotidiano dos brasileiros e das capas de jornais do país. De acordo com um estudo publicado pela revista “Science” os rumores falsos alcançam dimensões imensuráveis com maior número de compartilhamentos na rede social Twiter do que ocorre com as informações verdadeiras. Nesse âmbito, deve-se analisar que essa problemática ocorre, principalmente, devido às questões estruturais e sociais, o que precisa de intervenções urgentes. Em primeiro lugar, é necessário pontuar que a sensibilidade é algo que pode ser desenvolvido ao longo da formação do sujeito mas caso ela não seja estimulada o indivíduo torna-se incapaz de colocar-se no lugar do outro ou de reconhecer o valor dos direitos humanos. Essa situação pode ser comprovada através da falta de diálogos entre a escola e os alunos acerca dos males causados no compartilhamento de notícias falsas e acerca da Constituição Brasileira, na qual deixa claro o valor dos Direitos humanos, pois, sem esse conhecimento os alunos podem contribuir com as Fake News e provocarem transtornos irreversíveis para as vítimas. Outrossim, outro fator que corrobora a problemática é a falta de empatia. Esse fenômeno foi analisado pelo sociólogo Baumam que esclarece que vive-se em “tempos líquidos”, época na qual as relações são efêmeras e superficiais o que fragiliza as interações. Nesse contexto, pode-se observar que a rapidez dessa “modernidade líquida”, como a prevista pelo autor, na repercussão de notícias falsas divulgadas na internet têm despertado a prática de violência feita por “justiceiros”. Exemplo disso, foi o linchamento de uma mulher feita em 2014, no Guarujá, SP, por moradores ao tomarem conhecimento de um boato de que ela era sequestradora de crianças o que, no entanto, era falso. Esse cenário é problemático na medida em que essa intolerância pode gerar posicionamentos facistas perigosos à cidadania e à participação social. Dessarte, fica clara, pois, a urgência em coibir essa preocupante realidade. Para isso, o Ministério da Educação e a Sociedade Civil podem agir. Cabe a esta, atuando em páginas influentes como a “Quebrando o Tabu”, promover publicações que preconizem o diálogo, a cooperação e a importância dos laços humanos. Àquela compete, ainda, por meio da capacitação dos professores a elaboração de projetos que desenvolva a sensibilidade e o senso crítico dos estudantes. Essas medidas visam garantir maior empatia e consciência acerca dos perigos das Fake News na era da informação. Logo essas atitudes, como a intolerância que ocorreu no Guarujá, poderá ser ao menos minimizada.