Título da redação:

Era da Informação e suas consequências

Tema de redação: "Hoax", notícias falsas e suas implicações em sociedades

Redação enviada em 02/11/2017

Na Grécia antiga, o grupo dos filósofos Sofistas já mostrava indiferença frente à verdade, persuadindo a população sem preocupação com a veracidade. Séculos depois, no Brasil hodierno, as implicações dos discursos falaciosos na sociedade foram potencializadas com a internet. Logo, é indubitável que as notícias falsas influenciam na construção da opinião pública e são facilitadas com o excesso de informação da modernidade. A priori, é necessário entender que a Era da Informação trouxe consigo uma ruptura na hegemonia da produção de notícias. Por conseguinte, a população tem acesso a informações com uma grande facilidade, o que ocasiona uma menor preocupação com a apuração dos fatos e uma propagação gritante de pós-verdades. Nesse prisma, é de suma importância ressaltar a responsabilidade não só das mídias sociais, mas também da sociedade civil no que tange a checagem de fontes, visando impedir a disseminação de notícias falsas. Outrosim, a população tem a internet como grande provedora de informações, e influenciadora da opinião pública. Nesse viés, como endossado pelo filósofo Michael Foucault, os indivíduos têm sua identidade e opinião construídas por discursos que julgam verdadeiros, e, a grande maioria dos brasileiros têm a internet como detentora da verdade. Visto isso, evidencia-se a consequência de uma notícia falsa na sociedade, podendo mudar rumos de um país como na eleição de Donald Trump nos Estados Unidos. Portanto, os hoaxes clamam por ações do poder público e mudança de comportamentos da sociedade civil. Primeiramente, a longo prazo, o Governo Federal deve incetivar iniciativa privada a criar novas empresas de checagem de fatos, como a agência Lupa, a fim de fiscalizar o ambiente virtual e disseminar o hábito de checagem na sociedade civil. Além disso, a Agência Nacional de Autorregulação da Internet (ANARNET), com verba pública, deve aumentar a fiscalização e mitigar a impunidade dos produtores de notícias falsas, aplicando punições designadas a crimes virtuais. Só assim, a sociedade estará menos exposta as pós-verdades.