Impulsionada pelo processo de globalização, a interligação mundial através da rede implicou na facilidade de receber e fornecer informações pela internet. Por conseguinte, cresce o número de empresas que lucram mediante o número de cliques e, com isso, o número de notícias falsas disseminadas, como mostra o documentário “A Sereia”. Dentre os efeitos dos falsos boatos, destacam-se, principalmente, a difamação e situações em que vidas são colocadas em risco. Sendo assim, são necessárias providências para diminuir as consequências do "mal-entendido". De acordo com o artigo 139 do Código Penal Brasileiro, o ato de difamação é visto como crime. Entretanto, tanto por irresponsabilidade da população quanto por desconhecimento dos alcances da gravidade que uma falsa notícia pode adquirir, o costume de espalhar rumores perpetua e as chances de reconstruir a moral da vítima diminuem, pelo fato de a verdade não ter o mesmo alcance e efeito que o “absurdo”. Além disso, a comoção pelo surpreendente é maior do que pela autenticidade, como pode ser analisado nas “correntes” de WhatsApp e e-mails. Nelas, as situações são baseadas em clamor popular, como a cura de alguma doença ou a exposição da imagem de alguma pessoa erroneamente associada a um crime hediondo. Ademais, uma notícia falsa pode ser prejudicial à vida de acordo com a interpretação. Como exemplo, o ato de disseminar notícias envolvendo algum procedimento emergencial não indicado por médicos e especialistas recomendados ou dicas de saúde sem comprovação científica faz com que as pessoas tomem atitudes que podem culminar em fatalidades. Desse modo, é fundamental que o receptor da informação averigue a fonte e a possibilidade de a mesma ter sido divulgada em outra página ou meio de comunicação mais confiável e adequado para o assunto. Em suma, algumas medidas têm sido executadas por alguns sites que enxergam nos falsos rumores a banalização do serviço da informação. Dentre elas, a divulgação de manuais de como saber se a notícia pode ou não ser levada a sério. Contudo, por não ter o alcance necessário, é essencial que o Ministério Público divulgue vinhetas, por meio dos canais de televisão, evidenciando as consequências tanto para a vítima quanto para os adeptos da prática . É fundamental, também, que o Ministério Público crie uma página on-line para denúncias e, por fim, que as escolas, junto às Secretarias Municipais de Educação e Saúde, ofereçam palestras de forma a ensinar os pais, as crianças e os adolescentes quanto à importância de ter consciência na realização de procedimentos emergenciais e a busca por fontes confiáveis antes de ingerir algo ou tomar alguma atitude que cause efeito inverso, além da distribuição de cartilhas para a comunidade como forma de findar os mitos da medicina.