"Pós-verdade" foi eleita a palavra do ano de 2016, pelo dicionário Oxford, relativo às falsas notícias que passam a sensação de serem verdadeiras, porém não possuem base real, tendo em vista que informações infundadas não só afeta a massa que por influência midiática prolifera inverídicos conteúdos, mas também às difamações de imagens das pessoas causando severas consequências, até mesmo fatais, no entanto avaliar seus efeitos é indispensável. Em primeira instância, as redes sociais são principais percursoras para a propagação de conteúdos improcedentes. Além disso, a obra "cegueira moral" , abordada pelo sociólogo Bauman , retrata justamente a realidade atual, expondo a extrema fruição de relações e vivências nas redes sociais baseadas por curtidas, inclusive, as notícias falsas costumam possuir títulos chamativos com objetivo de atrair leitores para que as compartilhem. Afinal, há um "mercado" interessado na divulgação desses fatos, acessados em progressão geométrica , gerando capital. Vale ressaltar que as difusões de imagens, textos e vídeos, ainda que sirvam para integração social, educacional e para entretenimento , quando utilizadas de modo inconveniente e irresponsável podem gerar consequências graves como no caso reportado pelo site g1.globo, no qual uma dona de casa foi espancada até a morte , no litoral de São Paulo, devido boatos afirmando que ela sequestrava crianças, é possível perceber a rapidez da divulgação , e consequentemente, a incitação ao ódio e condenação da pessoa. As implicações na sociedade das falsas notícias é de perto um grande problema que merece reconhecimento maior do Estado, portanto, o Poder Legislativo deve acatar ao projeto de lei já existente sobre a tipificação penal, criação e divulgação de tais conteúdos, efetivando, assim , o direito à liberdade de expressão de modo responsável.