Trocar informações nunca foi tão rápido e simultâneo quanto na sociedade do meio técnico científico informacional. O surgimento da internet e de suas redes sociais, como “Facebook” e o “Twitter”, permite com que conteúdos sejam divulgados de forma ampla encurtando tempo e espaço. No entanto, a falta de controle desses meios de comunicação associada a alienação de seus interlocutores contribuem para a disseminação de informações falsas. Ao criar uma notícia falsa, seu emissor possui alguns objetivos: mudar, manipular e deslegitimar opiniões alheias. Um bom exemplo disso é a obra 1984 de George Orwell. Nela, o Grande Irmão apaga e reescreve a história e altera dados do regime para convencer a já alienada população de que seu governo é benéfico a sociedade. Isso fica mais “palpável” com as atuais investidas de grupos extremistas que criam informações falsas a fim de promover sentimentos populistas e xenofóbicos. Em consequência disso, os “hoaxs” têm gerado um estado de violência e desconfiança. Como exemplo do primeiro, pode-se citar o assassinato da dona de casa Fabiane Maria de Jesus, vítima de boatos que afirmavam sua participação em magia negra. Já no segundo estado, a crescente falta de credibilidade da mídia e redes sociais perante seus interlocutores são exemplos de outras implicações negativas. Portanto, a falta de criticidade aliada a ausência de limite no mundo virtual torna-se um ambiente fértil para o desenvolvimento de “hoax”. Curtir, compartilhar e comentar sem refletir sobre determinado assunto se tornou algo prático e corriqueiro. Desse modo, com o objetivo de minimizar tais práticas e seus danos, a mídia e o Poder Legislativo podem agir conjuntamente. Enquanto aquela pode promover campanhas de conscientização sobre a importância de se verificar a autenticidade e veracidade dos fatos, este é capaz regulamentar, definir limites e penas mais severas para os criadores de boatos. Obs.: não consegui alinhar as margens.