O homem, como ser social, necessita estar constantemente informado sobre o que acontece em sua volta, da vida do vizinho do condomínio as questões geopolíticas mundiais. No entanto, atualmente o fenômeno das notícias falsas tornou-se um grave problema, sendo necessário sua análise holística para entender, então, suas implicações em sociedade. Em primeiro lugar, com a invenção da prensa por Gutemberg, as informações puderam ser divulgadas de forma mais segura e a imprensa surgiu. Deste então, os sistemas de informações sofreram evoluções. Nesse contexto, com o advento da internet e das redes sociais, a divulgação de notícias deixou de ser uma atividade expositiva e adquiriu caráter de entretenimento, quanto mais impactante a informação, mais acessos ela recebe. Esse fator, aliado a uma sociedade com baixo senso crítico, tornou-se um cenário ideal para a circulação de boatos. Por conseguinte, o resultado de uma coletividade com criticidade diminuída e exposta às notícias falsas é a credibilidade irracional a qualquer informação, ainda que infundada. Tal fato pode ocasionar sérias consequências, a exemplo, o assassinato de uma dona de casa inocente acusada de sequestro em Guarujá, que foi provocado por um boato surgido nas redes sociais. Ademais, em meio ao excesso de notícias inverídicas a mídia pede sua credibilidade, e estabelecer um filtro entre aquilo que é verdade e o que é falso nas redes sociais torna-se uma difícil tarefa. Infere-se, portanto, a necessidade de combater a disseminação de notícias falsas nos meios informacionais contemporâneos. Para isso, a escola deve trabalhar no incentivo a leitura e discussão em sala de aula, para, a longo prazo, estimular o senso critico dos indivíduos pertencentes a sociedade. A curto prazo, os desenvolvedores das redes sociais podem atuar na criação de filtros e pop up que alertem o usuário quando este acessar uma notícia falsa com o fito de diminuir sua incidência nas redes. Dessa forma, será possível alcançar a segurança na divulgação que Gutemberg queria.