Título da redação:

Cliques em mentiras

Tema de redação: "Hoax", notícias falsas e suas implicações em sociedades

Redação enviada em 27/03/2017

A Revolução Industrial do século XVIII desenvolveu as sociedades em diversas áreas, uma delas é a jornalística, com o invento da máquina de impressão popularizou-se a produção de jornais em larga escala, e desde então se preocupou em levar a informação e o conhecimento a diversos povos em diferentes lugares. Se informar tornou questão de obrigação e necessidade do ser humano. Hoje, ter conhecimento de um fato continua sendo importante, no entanto, com milhões de notícias a todo momento - principalmente através da internet - a ganância de alguns que publicam mentiras pode trazer consequências desastrosas para milhares de pessoas. Desse modo, as "fake news" precisam ser combatidas. Ao se fazer uma análise dessa questão, vemos que a princípio temos sociedades com pouco interesse em conteúdos, contudo elas possuem grande disposição para chamar atenção, seguindo a lógica da fluidez das relações sociais, bem exemplificada por Zygmunt Bauman, as pessoas preferem o "parecer" como sendo melhor que o "ser" - como parecer informada e possuir uma opinião crítica, por exemplo -, tornando a verdade algo irrelevante, desde que se atinja o seus objetivos (curtidas e exposição) ao compartilhar algo sem ao menos saber a fonte. Com isso, surgem os indivíduos que criam essas notícias falsas visando o lucro, como o "jornalista" Alberto Silva, em que diz: "Quem tem que saber o que é verdade ou mentira é quem lê a matéria". Por conseguinte, sensacionalistas como ele, chegam a ganhar milhões de reais por ano com publicidade em sites através da quantidade de acessos. As consequências para estes atos são devastadoras, entre elas estão a difamação e calúnia de vítimas citadas nas reportagens, críticas negativas nas vidas públicas das pessoas, principalmente se forem celebridades, como por exemplo insultos, racimos e agressão. Sem contar que, se for por motivos políticos, podem criar um ambiente de tensão e dividir um país em diferentes ideologias. Dessa forma, uma imagem que o cidadão criou por longos anos, pode ser destruída em segundos. Em virtude dos fatos mencionados, é visto que medidas precisam ser tomadas, o Ministério da Justiça poderia, além de proibir a circulação de sites e aplicar multas aos responsáveis como é feito hoje, implementar regime semi-aberto de quatro a seis meses e serviço comunitário, e o Ministério dos Direitos Humanos prover apoio psicológico às vítimas diretas. Paralelamente, sendo a mídia o meio de divulgação, ela é a principal para diminuir essa anarquia, uma das medidas que pode fazer é a criar um endereço na internet com divulgação trimestral de sítios eletrônicos considerados seguros. Ademais, os pais poderiam mostrar aos filhos quais páginas podem ser confiáveis e que possuem tradição em lê-las. E, por fim, cabe ao indivíduo e as sociedades reconhecerem que embora a liberdade de expressão seja um direito, ela deve se basear em fatos verídicos e seus autores não podem se esconder com o anonimato.