Título da redação:

Choque de informações

Tema de redação: "Hoax", notícias falsas e suas implicações em sociedades

Redação enviada em 20/08/2017

Karl Marx acerta, ao afirmar que é preciso modificar o mundo. Um olhar em direção à realidade confirma que viver em sociedade significa estabelecer propósitos que sejam coletivos, ou seja, não se pode repassar informações sem legitimidade, sabendo da capacidade de manipular parte da sociedade. Nessa perspectiva, torna-se fundamental compreender que o compartilhamento de mentiras e boatos na internet gera um desentendimento social e uma falta de crença, quando se espalham notícias verdadeiras. É fato que essa ideia requer, primeiramente, um estudo acerca da origem das informações falsas e qual a intenção de quem as propaga. Toda essa argumentação sustenta-se na ideia de que vários setores de notícias falsas lucram com a venda de anúncios publicitários em suas páginas de acordo com sua audiência. Dessa forma, percebe-se que durante a turbulência política de 2016, foi a “era de ouro” da audiência digital, visto que o setor de notícias falsas se beneficiou à larga. Logo, deve-se reconstruir a ideia de que os interesses econômicos são mais importantes que os valores da sociedade. Outra razão fundamental para consolidação esse tipo de pensamento é o fato de, no início do século XX, na Alemanha, foi formado um grupo, o Partido Nazista, tendencioso e manipulador, imposto no governo alemão posteriormente, que disseminava o ódio a grupos étnicos diferentes, em particular aos judeus, propagando uma imagem falsa de que os judeus eram perigosos e não eram seres humanos. É lamentável que, contudo, constatar que o grupo foi apoiado por muitas pessoas, levando a morte de milhões de judeus e a uma Guerra Mundial. Desse modo, vê se que grande parte das notícias falsas, conhecidas também como “Hoax”, são criadas para prejudicar a imagem pública de alguém ou de algum grupo, obtendo-se vantagem acima desse fato. O posicionamento assumido nessa discussão demanda duas ações pontuais. A princípio, fica clara a necessidade de que o Estado junto ao Ministério da Educação estabeleçam como meta implantar uma “alfabetização midiática” nos ensinos fundamental e médio, a fim de oferecer aos estudantes noções sobre como detectar argumentos fraudulentos. Além disso, é imprescindível focar na descoberta e penalização de sites de informações falsas, com o propósito de diminuir e eliminar esses sites que embaralham verdade e mentira. Com isso, acredita-se que será possível, como advoga Marx, promover uma mudança significativa na confiança da sociedade quanto à recepção de informações.