A proliferação da transmissão de notícias falsas, favorecida pelos avanços tecnológicos e um mundo globalizado, vem crescendo exponencialmente em nossa sociedade. Tal prática, em conjunto com uma falta de senso crítico da população, gera desinformação e formenta a possibilidade de manipulação da opinião pública. A palavra escolhida pela universidade de Oxford como a palavra do ano foi "pós-verdade". Tal palavra representa uma valorização das crenças e interesses pessoais, comportamento que propicia a disseminação e incorporação de notícias falsas à sociedade, em detrimento de fatos comprováveis. Dessa maneira existem núcleos da sociedade que se apropriam de tais ferramentas para envolver e, em certo grau, moldar a opinião pública de acordo com seus interesses. Um exemplo notável disso foi a propagação de informações falsas durante o período de eleições norte-americano que tornou por favorecer um dos candidatos à presidência. Em contrapartida a transmissão de notícias assumidamente falsas pode servir como ferramenta de conscientização e fomentação de discussões sociais, políticas e econômicas. É o caso do grupo autointitulado "Sensacionalista" que faz uso da ironia e de proposições que beiram o ridículo para fomentar discussões através da internet. Sendo assim, pode-se concluir que a disseminação de notícias falsas apresenta-se como um fator de influencia social, para o mau ou para o bem. Portanto torna-se necessária a implementação de medidas sociais conscientizadoras, em uma ação do governo em conjunto com os veículos midiáticos focando, sobretudo, na internet onde o ocorrimento de tal prática é mais comum. Tal medida tem como finalidade apresentar para a população as nocividades inerentes a incorporação de notícias falsas à sociedade, estimulando, portanto, o desenvolvimento de um senso crítico social ao demonstrar que apesar de tal prática, aos olhos dos que as têm como verdade, se parecer como um presente ela, na verdade, pode causar efeitos catastróficos à democracia.