A internet tornou-se o meio de comunicação de maior abrangência dos últimos anos. A possibilidade de transmissão instantânea de dados proporcionou diversos benefícios à população. Porém, com o avanço das informações, abriu a possibilidade de pessoas mal  intencionadas propagarem notícias falsas virtualmente. Assim, a divulgação de histórias falsas pode ter consequências reais e, em casos extremos, causar ações de grande violência.  O caso de Fabiane Maria de Jesus, dona de casa, 33 anos, ocorrido em 2014, foi nacionalmente divulgado por diversos veículos de comunicação por demonstrar consequências fatais de boatos, além de evidenciar a intolerância da população, que não avalia a veracidade dos fatos. Em uma página nas redes sociais acusaram-na de sequestrar crianças para utilizá-las em rituais de magia negra. Ao ser identificada, quando passava nas ruas de Guarujá, foi brutalmente espancada pelos moradores da região. As cenas do espancamento foram gravadas e divulgadas nas redes sociais. A vítima não resistiu aos ferimentos e morreu ao chegar no hospital. A polícia conclui, após averiguação, que a notícia divulgada sobre ela, na rede social, era falsa.  Em busca de verificar a legitimidade das informações contidas na internet, alguns sites foram criados com o objetivo de desmascarar a maioria dos boatos divulgados na rede. Um dos precursores do gênero é o "E-farsa", que já tem mais de uma década de existência. Lá são encontrados os principais boatos difundidos na rede. Outro site de grande visibilidade é o "Boatos.org" que segue a mesma linha de informação do "E-farsa". Nesses sites, é possível pesquisar, por meio de um campo de busca, se a notícia propagada é falsa. Esse é um meio do internauta averiguar a veracidade dos fatos antes de compartilhar a notícia.  Mediante aos fatos expostos, o Código Penal Brasileiro tem sofrido constantes mudanças para se adequar à era digital e ao avanço da internet. Como a lei Carolina Dickmann que destina-se, principalmente, a criminalizar as pessoas que invadem dispositivo informático alheio. Ainda, referente ao Código Penal, nos artigos de nº 138 a 140  abordam sobre os temas de calúnia, difamação e injúria e definem as penas merecidas para quem comete estes atos. Todavia, muitas vezes, as penas são brandas, por isso, o Legislativo precisa dar mais atenção aos crimes cibernético e elaborar leis que punam com maior rigor esses transgressores. Também, o Governo Federal necessita aumentar os recursos destinados a reprimir esses atos, estimulando os agentes públicos, que trabalham nessa área, a aperfeiçoarem seus conhecimentos continuamente, e incentivá-los financeiramente para tal. O discernimento da população é igualmente fundamental para conter esse tipo de crime, investigando a fonte da informação recebida, não acreditando em tudo que é informado na internet e, ainda, não propagando nenhuma notícia sem ter a certeza de que a fonte do relato é confiável e verídica. Diante do que foi dito, é possível que medidas como essas diminuam a ocorrência de casos trágicos, similares ao de Fabiane.