Muito se tem discutido acerca do aumento da circulação de notícias falsas no Brasil, principalmente em redes sociais. A amplitude da internet permite a rápida e instantânea difusão de informação que atinge um vasto público, contudo a propagação de notícias inverídicas, chamadas Hoax, podem trazer implicações significativas para a sociedade brasileira. Desse modo, devem-se buscar maneiras de impedir a publicação e o compartilhamento de Hoax. Atualmente, vive-se a Era da Pós-verdade, pois é notável que fatos objetivos são menos influentes na formação da opinião pública do que os apelos à emoção e à crença. Assim, é evidente que a difusão de conteúdo adulterado na internet pode alienar o pensamento do público-alvo, a fim de gerar um reação pública. Tal fato pode ser constatado nas redes sociais, principalmente no Facebook, e torna-se cada vez mais comum o compartilhamento em massa de notícias com caráter apelativo. Ademais, grande parte do conteúdo ilegítimo tem como finalidade denegrir ou comprometer a reputação de alguns indivíduos, corporações ou, até mesmo, um movimento social. Aquele atinge o leitor por meio de títulos polêmicos, imagens comprometedoras e um conjunto de teses que englobam determinadas crenças e valores, sem qualquer fundamento jornalístico ou evidências. Por exemplo, pode-se citar o ocorrido em 2016, no período de votação do impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff, a qual foi acusada de envolvimento com corrupção sem qualquer tipo de provas concretas que sustentassem tal afirmação. Dessa forma, é imprescindível que haja conscientização social acerca do conteúdo divulgado nos atuais meios de comunicação, a Mídia Governamental deve incentivar a população à pesquisa da autenticidade da informação que recebem diariamente. Além disso, é importante que o Estado intensifique a fiscalização da punição por difamação, injúria e calúnia, e torne-a mais rigorosa, afim de atenuar a difusão de Hoax. Assim, ter-se-ia uma sociedade mais esclarecida, informada e engajada sociopoliticamente.