É consenso que o Brasil, historicamente, não é um país com políticas efetivas pautadas para a gestão de resíduos e derivados. Ademais, essa condição político-social, ocasionou com que, hoje, o Brasil não tenha, de fato, um bom plano, o qual garanta um projeto realmente eficaz em relação ao destino final de tais objetos e isso gera consequências, como: baixos índices de reciclagem e um grande número de lixões, em diferentes regiões nacionais. Primeiramente, é importante ressaltar que, em 2018, ainda existiam, no Brasil, quase 3 mil lixões, de acordo com o G1. Aliás, esse tipo de depósito de resíduo é extremamente nocivo, tanto ao meio ambiente, quanto para a sociedade, pois, nele ocorre o armazenamento do lixo de forma irregular, o que pode acarreta em problemas, tal como: a criação do chorume, o qual é uma substância liquida, altamente poluidora e que pode contaminar rios, lagos e reservas subterrâneas de água doce; além da proliferação de animais, assim como ratos, os quais podem ocasionar doenças às populações locais. Dessa forma, o ideal seria que, os resíduos, pelo menos, os orgânicos, fossem reaproveitados por meio de processos energéticos, assim como o biogás, os quais eles seriam colocados em usinas desse tipo de fonte de energia, queimados, e, posteriormente, por esse fenômeno, seria obtida energia elétrica de forma renovável. Além disso, ainda convém lembrar que, na atualidade, o índice de reciclagem é muito baixo, conforme garantiu o Governo Federa, em 2017, disse que apenas dezessete por cento dos resíduos urbanos eram reciclados. Desse modo, esse lixo quando descartado de forma errônea poderá suscitar em problemas aos ecossistemas, por exemplo, quando eletrônicos são jogados fora em local inadequado, eles podem liberar metais pesados, os quais podem acumulam-se nas cadeias alimentares, especialmente nas marinhas e que, mais tarde, serão induzidos ao seres humanos, pela alimentação. Destarte, também é importante reconhecer que, as médias de lixo produzido pela sociedade de um pais são padrões únicos e particulares dela, visto que esses níveis são influenciados pelo comportamento de seus cidadãos, sobretudo no quesito financeiro, dado que, de acordo com a ONU, quanto maior o poder aquisitivo de uma população, mais ela irá produzir de volume de lixo e isso exige medidas públicas específicas. Em vista do que foi dito, medidas são necessárias a fim de mudar o mau quadro de gestão de resíduos no Brasil. Portanto, caberá ao Ministério de Minas e Energia criar um plano, o qual envolva grandes níveis de reuso do lixo, o qual terá o apoio de grandes empresas energéticas do setor privado através de parcerias, esse projeto irá garantir que haja uma abertura definitiva para entrada de biogás no setor energético brasileiro, porque as usinas desse tipo de fonte de energia necessitam diariamente de grandes contingentes de resíduos, com o objetivo de gerar energia elétrica e isso irá, em curto prazo, reduzir os volumes de lixo dos lixões e aterros sanitários, pelo Brasil, provocando uma redução de impactos ambientais nacionalmente.