Após o fim da Guerra Fria, no final do século XX, o mundo assistiu à progressiva hegemonia do sistema de produção capitalista. Nesse sentido, apesar dos inegáveis ganhos econômicos, tal sistema de produção produziu como resultado um significativo processo de degradação ambiental, em virtude da grande quantidade de resíduos produzidos. Dessarte, agravam esse cenário a falta de conscientização da população atrelada a uma ineficiente rede de coleta e descarte de resíduos fornecida pelo Estado. Em primeiro plano, é fundamental pontuar que não há, na sociedade brasileira, a conscientização da importância de descartar adequadamente os resíduos sólidos produzidos. Ilustra essa perspectiva reportagem exibida pelo jornal Folha de São Paulo, a qual demonstrou que resíduos produzidos no meio urbano são responsáveis por 73% do lixo recolhido nos rios da cidade de São Paulo. Assim, um processo de educação da população é fundamental, a fim uma melhor gestão dos resíduos. Paralelamente a isso, o Estado brasileiro não tem fornecido uma estrutura adequada para a gestão e descarte de resíduos sólidos. Nesse contexto, enquanto nos Estados Unidos existem eficientes sistemas de coleta e destinação de resíduos, até mesmo por meio de sistemas informatizados, na maioria das cidades brasileiras não é fornecida nem mesmo coleta regular de lixo. Logo, é fundamental que haja um maior investimento do Estado na modernização de seus sistemas de coleta e descarte de resíduos. Portanto, é fundamental que o Ministério da Educação, por meio de oficinas realizadas em escolas, realize debates com alunos e pais com o intuito de esclarecer as consequências do descarte inadequado de resíduos, a fim de realizar um processo de conscientização. De tal forma, a gestão de resíduos no Brasil será realizada de uma forma mais eficiente, garantindo a incolumidade do meio ambiente para as próximas gerações.