A geração Z compartilha do mesmo viés globalista e, de certo, fronteiras e abundância de informação já não são problemas recorrentes. Em consequência, obtém-se uma sociedade imersa e sem filtros adequados. Em suma, vivenciamos a modernidade líquida onde todas as relações humanas são fluidas, ora, já criticada por Zygmunt Bauman. O modelo educacional presente no Brasil colabora para a liquidez e a falta de filtros da nova geração. Baseado em um sistema criado durante a Primeira Revolução Industrial, visava-se apenas formar mão-de-obra linear, porém, vivenciamos um mundo em plena Terceira Revolução Industrial, a era das informações que, quaisquer que seja, estão acessíveis ao popular, pelo contrário que eu vivenciado no século XVIII. A falta de inclusão da tecnologia nos meios de ensino corrobora para a estagnação do cenário. Profissões atuais exigem conhecimento técnico e interdisciplinaridade. Faz-se necessário a atualização dos profissionais de ensino para que se aliem com os modelos tecnológicos e, além de uma maior qualidade de ensino, formem cidadãos com seus próprios filtros. Em síntese, cabe ao Estado adotar medidas baseadas em modelos de sucesso, como o sistema de educação básica de países nórdicos. Por consequência, faz-se necessário respeitar as exceções culturais e determinam medidas e metas palpáveis, como descreve o administrador Vicente Falconi. Assim, ao longo prazo, haverá uma mescla saudável entre tecnologia e aprendizado.