Em uma escola publica de São Francisco, cidade conhecida por ser um dos maiores centros tecnológicos do ocidente, ouve-se apenas o som de milhares de dedos impiedosamente teclando os botões de notebooks e tablets. É o jeito moderno de requisitar as informações adquiridas durante uma aula qualquer, sempre utilizando algum tipo de equipamento eletrônico. Essa recente abertura ao uso de tecnologia nas escolas de diversos países desenvolvidos é uma consequência direta de um dos principais fatores que caracteriza os jovens do século XXI. Apelidados de geração Z, esses adolescentes convivem quase ininterruptamente com equipamentos eletrônicos, substituindo cadernos por smartphones, atividades físicas por simuladores em videogames e convivência social por encontros virtuais. Torna-se cada vez mais fácil o acesso ao conhecimento, disso não há duvida. No entanto, essa mudança radical de comportamento, que acompanha o avanço da tecnologia e transformou os jovens da ultima década em seres sempre conectados começa a mostrar seu lado negativo. O numero de crianças agressivas, solitárias e com dificuldade de concentração cresceu exponencialmente nos últimos anos, em virtude da grande quantidade de horas que passam encarando a tela do computador. Alem dos problemas psicológicas, um estudo da Universidade de Genebra comprovou que também existem danos físicos que podem aparecer com o excesso de uso de equipamentos eletrônicos, como fadiga ocular, dor e cabeça, fotofobia e até irritações nas palmas das mãos.Ou seja, é preciso que se reavalie o tempo de exposição dos jovens as tecnologias de informação, visto que o excesso pode, comprovadamente, colocar em risco o bem estar físico e mental das crianças e adolescentes. Atualmente já existe a tentativa de efetivar certas medidas para evitar o vício dos jovens à tecnologia, destacando-se a publicação de textos acessíveis em revistas de circulação nacional para alertar os pais das possíveis conseqüência da superposição a tecnologia. Contudo, é mister que haja uma ampliação de tais medidas, garantindo, inclusive, que existam projetos em escolas para incentivar atividades ao ar livre e interação entre colegas. Esses projetos podem ser executados do seguinte modo: durante as aulas de educação física, com a coordenação dos profissionais da área, seria priorizada a realização de jogos coletivos como vôlei, futebol, e basquete. Alem disso, os coordenadores esportivos das escolas poderiam organizar time oficiais de cada colégio, com treinos no turno da tarde para dinamizar as atividades dos jovens e mante-los longe dos eletrônicos por algumas horas. Durante as aulas normais, os professores procurariam incentivar o trabalho em equipe, para que se aumentem as interações entre colegas ao mesmo tempo em que ocorrerá uma valorização do estudo. Com a execução das medidas descritas, os jovens poderão usufruir dos benefícios de um mundo globalizado sem sofrer com péssimos prejuízos a saúde que vêm com o excesso de exposição ao mundo virtual.