O primeiro computador concebido na lógica binária, utilizada até hoje nas mais diversas tecnologias, surgiu para suprir necessidades militares durante a segunda guerra mundial. A tecnologia evoluiu e, hoje, a codificação é camuflada por cores e informações, que modificaram o modo de agir e pensar daqueles que são o futuro do planeta: os jovens. Para pais e avós da geração que já nasceu inserida no universo tecnológico, compreender a quantidade de dados que circulam pelo mundo e como acompanhar tantas informações ao mesmo tempo é tarefa árdua. A geração multitarefa, como são chamados os jovens que conseguem fazer diversas atividades paralelamente, não consegue permanecer concentrada em um único afazer por tempo considerável, precisa de mudanças constantes e não tem paciência em situações de espera, por exemplo. A dinâmica do mundo virtual destruiu a estática do mundo. O que era calmo e monótono, hoje é agitado por anúncios de produtos de "última geração". Um claro exemplo disso é a Times Square, em Nova Iorque, onde as luzes tomam conta das ruas, e mesmo quando a noite chega, parece dia. A perda da noção temporal é uma das tantas consequências que os avanços tecnológicos trouxeram para a massa jovem. Muitas vezes, eles passam o dia a digitar em seus celulares e a ler postagens em redes sociais. Outra consequência visível é a desigualdade; a globalização atinge todos os espectros da sociedade, positiva e negativamente. No Brasil, aproximadamente 51% da população não tem acesso à internet, segundo dados do IBGE. Portanto, faz-se viável uma revisão da educação formal, das escolas, e informal, dos pais. Tal análise deve objetivar o uso da tecnologia de forma moderada, a mostrar o mundo de uma maneira mais humana e menos virtual, com reservas de tempo para descobrir o universo tecnológico e brincar na rua, entender o mundo real. Projetos coordenados pelo Governo Federal e nos âmbitos estaduais e municipais, para ajudar as escolas na reformulação educacional, também devem ser colocados em prática.