Título da redação:

Dilemas da Geração Z: um novo projeto de sociedade.

Tema de redação: Geração ‘Z’: o descrédito para o futuro ou o avanço sem limites?

Redação enviada em 18/08/2015

Após a 3ª Revolução Industrial não há caminho de volta: a tecnologia e suas ferramentas vieram para ficar e já fazem parte inexorável do cotidiano da maior parte da população, principalmente para os nascidos em meados da década de noventa e que desde então vivem em um mundo com a onipresença de computadores, celulares, internet e videogames, fazendo parte de um grupo geracional específico conhecido como Geração Z. Os debates acerca das imersões tecnológicas e da conformidade da Geração Z têm apontado aspectos positivos e negativos, como um maior dinamismo, independência e completude intelectual dos "Z", por conta do livre acesso a informações e da mobilidade virtual que esse mundo sem fronteiras físicas e sem barreiras sociais lhes proporcionam, em contraposição às irrefutáveis dificuldades e frustrações que eles apresentam ao lidar com o mundo real, com as pessoas e com o futuro, pois são interpelados a viver o presente e o virtual por meio das ações e estímulos eletrônicos, que são fontes de prazer líquidas, passageiras e, portanto, viciantes. Para equilibrar esta dicotomia, a sociedade precisa trabalhar para garantir o desenvolvimento satisfatório da geração Z, bem como apresentar um mundo real que seja capaz de aceitá-los e aproveitá-los como os agentes de mudanças que representam. A começar pelas famílias optando por modelos de relacionamento em que se mescle o uso de ferramentas tecnológicas e o acesso prazeroso ao mundo concreto, incentivando, desta forma, as crianças e adolescentes a se relacionarem com o meio ambiente, com as pessoas e as culturas presentes ao redor e fora do mundo virtual. Em sequência, o Estado e as escolas podem trazer a tecnologia para dentro da sala de aula, ensinando métodos e estratégias para se obter destas ferramentas conhecimentos úteis e centrados nas reais necessidades que cada faixa etária apresenta, não se esquivando, porém, da educação ética e emocional, que são aniquiladas tanto pelo uso massivo das tecnologias quanto pela velocidade da vida no mundo contemporâneo. Por fim, as empresas precisam se adaptar aos indivíduos Z, entendendo que seus novos trabalhadores precisam de maior flexibilidade de horários e locais de trabalho, bem como de participação ativa e coletiva nos rumos da empresa e na assertividade do próprio labor.