No livro '' O cortiço'' de Aluísio Azevedo, percebe-se como o espaço massifica as pessoas e influi diretamente no seu comportamento. Analogamente, a geração Z tem seus hábitos diretamente ligados com a facilidade do acesso à tecnologia . Configura-se, portanto, um novo quadro ideológico brasileiro. O acesso à informação dá-se, atualmente, de forma quantitativa e não qualitativa. Antigamente, era necessário fazer uma pesquisa elaborada, selecionando o principal de cada livro e tirando suas próprias conclusões sobre o assunto. Hoje, há uma mera "colagem" de recortes de artigos em "blogs" e ''sites''. A busca imediatista do jovem se coloca acima da possibilidade de construir novos saberes. Além disso, há um abismo entre a geração Z e as mais antigas, que não conseguiram achar, até o momento, uma forma de unir os elementos tradicionais com a tecnologia de maneira satisfatória. A exemplo disso tem-se o governo de São Paulo que, em 2012, propôs a digitalização de 40% das aulas, juntamente com a compra de "tablets"e computadores. O projeto ''Aula Interativa'' revela como há uma tentativa, sem que sejam feitas pesquisas previas, de inserir a tecnologia nos campos sociais, mesmo que não atenda, de fato, as necessidades das gerações futuras. Há, como resultado da possível construção de um mundo virtual imaginário, uma desagregação social cada vez maior. As relações interpessoais tornam-se cada vez mais frágeis. Podendo ser definidas como "fluidas" de acordo com o sociólogo polonês Zygmunt Bauman. Sucedendo em uma geração cada vez mais egocêntrica e deficiente de valores. A geração Z carrega muitos paradigmas, como toda novidade. Cabe às instituições do terceiro setor e às escolas orientar como fazer uma seleção adequada dos conteúdos da ''web'', por meio de palestras analisando diversos temas (como história do Brasil, por exemplo). Os governos estaduais e municipais debem sim inserir a tecnologia na educação, mas utilizando-se de recursos interativos, como aplicativos educacionais. As gerações anteriores devem ''guiar'' as mais novas, transmitindo seus conhecimentos por meio do diálogo.