A crescente oferta de produtos tecnológicos aliada à diversificação dos meios de comunicação e à constante ampliação do acesso à internet criou a denominada "Geração Z", que apesar de beneficiar-se de tal processo, passa por problemas criados por esses meios de comunicação, que, a princípio, apenas solucionariam problemas. Dessa maneira, gera-se a alienação do usuário por meio da sobreposição do mundo virtual em detrimento do real. Faz-se necessário, portanto, que seja restaurada a maior relevância deste em relação àquele. A essa problemática coaduna-se a supervalorização do imagético, presente nas contemporâneas sociedades capitalistas ocidentais - assim como demonstra Guy Debord, em "A Sociedade do Espetáculo" -, o que faz com que seja necessário que a representação do indivíduo nas redes sociais seja a expressão de um tipo de poder simbólico, fazendo com que haja uma ruptura entre indivíduo e sua representação virtual, que exige que uma suposta perfeição, criada nas mídias sociais, corrobore o sucesso do indivíduo na realidade. Destarte, o usuário passa a abandonar a realidade e a imergir cada vez mais em entretenimentos virtuais, o que prejudica suas relações interpessoais, além de comprometer a importância que o jovem da Geração Z dá aos problemas fáticos do mundo, como a fome e a questão ambiental. Entretanto, se bem utilizadas, tais tecnologias podem ser usadas para a efetiva ação política consciente, como ocorreu durante a "Primavera Árabe" e, no Brasil, as "Manifestações de Junho" de 2013. Portanto, a partir dos fatos e argumentos supracitados, conclui-se que deve haver a adaptação da nova geração à contraposição dos interesses individuais, nas comunidades virtuais, ao interesse público, para que a a alienação não destrua os vínculos entre o cidadão e a sociedade em que se insere. Dessa maneira, faz-se necessário que o Poder Público invista em programas que visem restaurar o interesse do indivíduo pela comunidade e pela ação social, sendo, estes, aplicados em escolas e difundidos por meio de propagandas.