A rede mundial de computadores, caracteriza-se pela assustadora velocidade na divulgação de informações e notícias, o mundo sem fronteiras da web, no entanto, deixa a critério de seus usuários filtrar e selecionar esses dados. Saber ser crítico e autêntico, na uniformidade do mundo globalizado, representa um desafio a nova geração. Todos os dias, crianças e adolescentes são bombardeados por modelos do mundo interativo. O modo de falar, vestir e até mesmo o que comer é pré determinado pela mídia digital, uma aculturação tecnológica, que exclui aqueles que não se enquadram no perfil proposto. O preço para essa uniformidade é a perda da autenticidade e a descaracterização de diferentes grupos culturais, sobretudo entre negros e indígenas. Para o filósofo inglês Francis Bacon, "O conhecimento em si é um poder", segundo esse ideal é fundamental que a geração atual, seja previamente educada e treinada para o mundo conectado. O conhecimento é o único caminho para se adquirir a capacidade de selecionar informações e ser crítico, não de forma superficial, mas de maneira a não permitir-se ser usado ou manipulado. Infere-se, portanto, que a conectividade permitiu grandes avanços e conforto para a geração Z, mas é necessário adquirir maturidade para selecionar informações e manter-se autêntico. A orientação dos pais é fundamental, desde os primeiros anos, para o uso correto de aparelhos eletrônicos. Disciplinas como sociologia e filosofia devem ser integradas ao currículo estudantil, já nos primeiros anos do ensino fundamental, afim de produzir crianças e adolescentes críticos e com ideologias próprias, impedindo assim a perda de suas características culturais, bem como de sua comunidade, e impossibilitando seu uso como mera massa de manobra.