Título da redação:

A perpetuação da bolha de Narciso.

Tema de redação: Geração ‘Z’: o descrédito para o futuro ou o avanço sem limites?

Redação enviada em 17/11/2018

A mitologia grega há muito tempo relata sobre bolhas de aparências. Na história de Narciso, jovem que se preocupava excessivamente em querer passar a perfeição para a sociedade, mas um dia teve essa preocupação sanada pois morreu às margens de um rio admirando sua própria beleza. Em consonância com isso, na contemporaneidade, o que se obtém é a famosa geração "Z", pessoas que vivem em bolhas que não condizem com a realidade, perpetuando para um futuro desacreditado. Deve-se pontuar, de início, o quão prejudicial trata-se os danos ocasionados pelo sedentarismo tecnológico. É sabido ressaltar, que o século vigente é marcado pela era da globalização aliado a tecnologia, embora essa junção tenha trazido diversos benefícios, o que mais se percebe é uma população que vive em esferas superficiais, prova disso são as mudanças de hábitos quando se diz respeito as crianças. A televisão é o meio que mais interfere em uma infância sadia, este veículo de comunicação perdeu sua função ao usar forte métodos para prender o interlocutor, deixando-o mais tempo conectado, tendo a consequência de uma geração que não interage mais com outras crianças, tornando-os pessoas de pouca sociabilidade e corroborando para a obesidade infantil, uma vez que há fortes propagandas que induzem para o consumo de comidas não saudáveis, como também não saem de casa, é mais fácil o acumulo de caloria. Dessa forma, é notório que as pessoas estão sendo moldadas pela tecnologia. Por conseguinte, para Zygmunt Bauman, um dos principais sociólogos do século XXI, a tecnologia induz a modernidade líquida, ou seja, com a inserção dos meios tecnológicos tudo que era sólido e consistente passa a ser líquido, efêmero. Prova disso são os contantes relacionamentos que são firmados pela internet e não se perduram por muito tempo, na medida que a internet propicia o fácil contato ela também favorece para que esse relacionamento seja passageiro, os aplicativos de relacionamento pregam a ditadura do não se apegar,do não gostar, provocando uma confusão de sentimentos nas pessoas, dando-lhes a consequência de uma sociedade que mais futuramente terá resistência em estabelecer relações amorosas verdadeiras. Logo, as pessoas seguem a massa, legitimando uma vida de aparências só porque está na moda. Sendo assim, pode-se dizer, portanto, que assim como Narciso teve sua vida marcada por bolhas por querer passar a perfeição para o meio, esse comportamento se perpetua até hoje, desse modo, é um problema de saúde pública. Por isso, cabe ao Ministério da Saúde em parcerias com as emissoras de televisão(visto que é meio mais utilizado) oferecer por meio de psicólogos que trabalhe sobre o seguinte tema: malefícios da subordinação tecnológica. Assim, alertando os espectadores sobre as principais impactos negativos e quando detectado os sintomas procurar a ajuda de profissionais capacitados, como os psicólogos. Às escolas, cabe aos finais de semana, promover rodas de conversas com pais, alunos e toda equipe pedagógica, debatendo sobre as bolhas digitais e favorecendo para políticas de aceitação da vida, não querendo passar algo que não condiz com a realidade. Só assim as palavras de Paulo freire entrarão em vigo: " mudar é difícil, mas favorece para o bem de toda a nação".