No início do século passado, o cientista Albert Einstein fez um comentário que é válido para os dias de hoje: “No dia em que a tecnologia ultrapassar a interatividade humana, teremos uma geração de idiotas”. Ele estava correto. As novas gerações nascem conectadas e usufruem ao máximo das tecnologias. Isso, no entanto, está causando distúrbios nas novas crianças e está tornando-as menos sociáveis que as antigas. Pesquisas realizadas na Universidade da Califórnia revelaram que as crianças das novas gerações têm maior tendência a desenvolverem problemas de déficit de atenção que as antigas gerações. Isso se deve, segundo os pesquisadores, à multiplicidade de ações realizadas ao mesmo tempo na internet, que desviam constantemente a atenção das crianças. Além disso, outro problema relacionado à conectividade exacerbada é mais grave. As novas crianças estão perdendo a capacidade de compreender expressões, visto que, atualmente, a maior parte da comunicação diária é feita por meio de textos e por utilização de imagens via internet e celular. O termo “ciberautismo” foi criado no intuito de designar os novos “viciados”. São pessoas que criaram um mundo próprio, como os autistas, mas na internet. A vida social deixou de existir para dar espaço à vida e ao mundo virtual. As relações físicas perderam espaço para as intermediadas pela tecnologia. A interatividade humana caiu em desuso. Tendo em vista os pontos citados, conclui-se que a tecnologia pode ser prejudicial às novas gerações. É extremamente importante que as crianças e jovens saibam usá-la. Contudo, os problemas relacionados prejudicam a vida dessas crianças. Para evitá-los, o uso de aparatos tecnológicos deve ser mediado e controlado por meio dos pais e responsáveis, para que assim, o acesso seja garantido em tempo adequado e na medida certa.