Título da redação:

A geração ambivalente: tecnológica e inapta a conviver.

Tema de redação: Geração ‘Z’: o descrédito para o futuro ou o avanço sem limites?

Redação enviada em 15/07/2015

A tecnologia e o homem avançam lado a lado. Cada vez mais, máquinas se tornam imprescindíveis na vida do ser humano, necessidade iniciada ainda nas Revoluções Industriais. Com isso, nasce uma nova geração que convive e cresce com estes aparatos que, apesar de ajudá-los, possui pontos negativos, prejudicando sua capacidade de se relacionar, por exemplo. Mostra-se, assim, que esta geração – a tal "geração Z"– avançou sem limites, mas é um descrédito para o futuro das relações sociais. No livro “O Pequeno Príncipe”, o autor Saint-Exupèry afirma que adultos esquecidos de sua boa e brincalhona infância se tornam miseráveis e sem alma. Diante disto, observa-se que as crianças da geração Z não mais vivem a puerícia com tal júbilo (brincando e socializando com outras crianças), mas passam a maior parte do tempo em redes sociais, internet e videogames – uma pesquisa da empresa britânica Duracell mostra que 65% das crianças preferem não uma bola ou uma boneca, como a antiga Geração Y (aquela dos pais e mais experientes da atualidade), mas um “smartphone”– o que contribui para a formação de seres adultos tal como aqueles explicitados pelo autor. Além disso, a presença de eletrônicos gera outro risco: a facilidade de acesso a informações não-ideiais para a idade, como a violência de certos videogames. Se, por um lado, Piaget diz que a criança deve receber informações que possa assimilar, por outro, estas mesmas crianças têm o mundo nas mãos com a tecnologia e têm acesso a coisas que não pode assimilar. Demonstra-se, então, que a geração Z é um “avanço” sem limites e a tecnologia, prejudicial à sua própria faixa etária. Há, ainda, a incapacidade de criar relações sociais no meio em que vivem, uma vez que o mundo virtual se torna mais importante – e mais presente – do que o mundo real. O perigo de se ter uma vida e consequentes relacionamentos pela internet é visível, pois torna a geração Z suscetível a criminosos, a exemplo de pedófilos, que usam o meio virtual para chegar a esta geração. Além disso, este mundo irreal é usado, também, como fuga para os problemas que esta geração não quer lidar: põe-se em risco a aptidão de solucionar um problema, que é extremamente necessária ao se tratar de vida em sociedade. Indo além, o uso abusivo dos aparelhos eletrônicos prejudica também a saúde da geração que cresce com tais aparelhos, pois esta não mais pratica esportes – um exemplo é o que vive os EUA, que tem uma grande população encaixada na geração Z, população esta também encaixada nos altos índices de obesidade. Assim, por mais que seja um progresso, retorna-se à Pré-História por meio dessa geração que se torna “ciberautista”, o novo termo para aqueles que só vivem com suas tecnologias e se tornam alheios ao mundo ao seu redor. A geração Z é, portanto, fruto de um avanço incontrolável na tecnologia usada pelos humanos que dará início a um sentimento de descrença em relação a futuras gerações que possam vir e sua capacidade de conviver. Para melhorar a situação, os pais devem limitar o acesso dos filhos aos tecnológicos, fazendo este acesso o mais tardiamente possível. A escola, em parceria com a sociedade em geral, deve promover a realização de eventos que promovam a socialização entre as crianças desta geração por meio de gincanas escolares e campeonatos saudáveis. Caso o convívio já seja parte da vida do ser, os pais tem papel, ainda, de mostrar aos filhos o que é que pode e o que não pode, impondo limites através de regras de horário, por exemplo. Assim, obter-se-á um maior júbilo da puerícia da geração Z, a qual será o futuro social saudável – e sociável.