Na série brasileira "Sob pressão" é retratada a situação em que se encontra o atual sistema público de saúde (SUS), no qual falta infraestrutura, leitos, profissionais para atender a demanda do contingente populacional, equipamentos, etc. Nesse sentido, dois aspectos fazem-se relevantes: a negligência do governo e a má administração financeira. Em primeiro plano, é indubitável que a negligência do governo para com a precariedade do sistema público de saúde brasileiro esteja entre as causas do transtorno. Tendo em vista que quando um indivíduo necessita utilizá-lo se depara com um longo tempo de espera. Além disso, por inúmeras vezes, os pacientes precisam estar em busca de um hospital que tenha um médico de determinada especialidade e que possua leitos vazios, pois em algumas situações é necessário dividir uma maca , ou, até mesmo, ficar no corredor, devido à ausência de leitos, o que se confirma com uma pesquisa feita pelo Conselho Federal de Medicina (CFM) em consonância com o Datafolha, na qual declara que o aumento do número de leitos é a terceira necessidade mais citada pelos entrevistados. Em segundo lugar, destaca-se a má administração financeira como impulsionadora. Isso porque, somente 4,66% do PIB brasileiro é destinado à saúde, o que é considerado pouco. Em decorrência disso, vê-se diariamente nos hospitais públicos o sucateamento do sistema que ocorre graças à sobrecarga dos municípios que, antes responsáveis apenas pela atenção básica, precisam despender verbas expressivas para suprir as brechas deixadas pelos governos federais e estaduais, que não investem nesta esfera. Lamentavelmente, tais situações geram um retrocesso na sociedade brasileira. Mediante as dificuldades enfrentadas com a negligência do governo e a má administração financeira, medidas são necessárias para a erradicação dessa adversidade. Portanto, é imprescindível que o Ministério da Saúde promova a criação de um programa que vise contemplar as classes mais baixas ao acesso à saúde no sistema público, por meio da construção de mais hospitais e renovação de equipamentos, com a participação de mestres e doutores da área, a fim de auxiliar o contingente populacional e atenuar a questão do acesso ao sistema público de saúde brasileiro.