Promulgada pela ONU em 1948, a Declaração Universal dos Direitos Humanos garante a todos os cidadãos o direito à saúde e ao bem-estar social. Conquanto, a precaridade na saúde pública do Brasil impossibilita que a parcela desafortunada da população desfrute desse direito universal na prática. Nessa perspectiva, é necessário que subterfúgios sejam encontrados a fim de resolver essa inercial problemática. A oferta de um sistema de saúde pública de qualidade aos cidadãos é fator principal no desenvolvimento de um país. Hodiernamente, ocupando a nona posição na economia mundial, seria racional acreditar que o Brasil possui um sistema de saúde pública eficiente. Contudo, a realidade é justamente o oposto e o resultado desse contraste é claramente refletido no grande número de pessoas que aguardam demasiadamente por atendimento médico. De acordo com o Portal G1, mais de 900 mil pessoas esperam por cirurgia há 10 anos no Sistema Único de Saúde. Dessa forma, é inadmissível que tal postura negligente do governo perdure, haja vista a evidente necessidade de melhorias imediatas na saúde pública do Brasil. Faz-se mister, ainda, salientar o atendimento médico pouco humanizado como impulsionador da problemática do caos na saúde pública. Segundo Zygmunt Bauman, sociólogo polonês, a falta de solidez nas relações sociais, políticas e econômicas é característica da "modernidade líquida" vivida no século XXI. Destarte, é fundamental uma melhor preparação de tais profissionais para atenderem pacientes doentes fisicamente e emocionalmente instáveis, considerando-se que a falta de humanização e capacitação de médicos e enfermeiros é reflexo dá má preparação que esses recebem para lidarem com o ambiente hospitalar da rede pública. Infere-se, portanto, que ainda há entraves para garantir a solidificação de práticas que visem a construção de um mundo melhor. Cabe ao Governo Federal destinar maiores investimentos na área da saúde, com a oferta de um maior número de profissionais e unidades de saúde, de modo a melhorar a qualidade do atendimento, bem como diminuir o tempo de espera por um procedimento. Ademais, é imprescindível que o Ministério da Saúde ofereça cursos de capacitação aos profissionais da saúde, com o fito de incentivar o atendimento mais humanizado aos pacientes. Assim, espera-se promover melhorias no sistema de saúde pública do Brasil.