Título da redação:

Esporte: muito mais que uma prática

Tema de redação: Esporte no Brasil: ferramenta de inclusão social ou meritocracia excludente?

Redação enviada em 18/10/2017

Dos Jogos Olímpicos da Antiguidade Grega até eventos de proporções mundiais, como a Copa do Mundo, o esporte vem mostrando sua influência ao longo de toda a história. Entretanto, mais do que uma simples prática que faz circular milhões ao redor do planeta, o esporte pode ser um elemento inclusivo na vida daqueles que, por estarem à margem da sociedade, veem nele a oportunidade de melhoria de vida. Como uma grande escola, os núcleos esportivos compartilham princípios formadores da moral dos indivíduos. Assim, valores como disciplina, atenção e respeito, além de tornar a relação dos atletas mais harmônica, são facilmente internalizados na vivência particular de cada um deles. Isso contribui na educação de pessoas que, historicamente, não têm o apoio devido do Estado e ficam fadadas a viver de forma marginalizada, como moradores de comunidades carentes, por exemplo, que têm o esporte como uma porta de saída de um profundo abismo social. Outrossim, tendo como premissa o pensamento do filósofo Aristóteles de que o homem genuinamente é um ser social, percebe-se o papel do esporte como elo entre indivíduos, uma vez que qualquer modalidade requer que seus participantes ajam como um grupo, estabelecendo diálogos entre treinadores e atletas. Ademais, essas relações humanas formadas entre esse contingente é altamente benéfica para pessoas portadoras de deficiências físicas, visto que, geralmente, ela são mais propensas a se isolar socialmente devido à baixa autoestima gerada por sua condição. É notório, portanto, o valor do esporte na transformação de vidas. Porém, para que isso seja possível, será necessário, em primeiro lugar, que o Ministério da Educação traga investimentos que possibilitem uma maior inclusão de aulas de educação física nas escolas de todo o país, para que essa disciplina perca seu caráter secundário e se torne um atrativo para os alunos. Ademais, ONGs, em parceria com iniciativas privadas, devem desenvolver projetos em favelas e comunidades ribeirinhas que tragam competições esportivas e palestras que despertem o interesse nos moradores desses locais por alguma modalidade. Feito isso, portas serão abertas para que pessoas que antes eram verdadeiras invisíveis sociais se tornem capazes de traçar seu futuro através do esporte e, com ele, servir de exemplo para gerações futuras.