No que se refere à relevância do esporte no âmbito social, é irrevogável que o mesmo assume um notável papel de inclusão, no qual é possível perceber um número cada vez mais crescente de indivíduos inseridos no meio esportivo e sua consequente participação na sociedade. No entanto, haja vista uma divisão social por aqueles que detêm um perfil competitivo e de aversão àquele sujeito inexperiente em determinada prática esportiva. Nesse contexto, contraditoriamente tende a ocorrer uma exclusão, que precisa ser impugnada. Em primeiro lugar, é preciso pontuar a importância das atividades esportivas para a manutenção da saúde física e mental de quem pratica, visto que tais práticas resultam na prevenção de enfermidades, prolongamento da expectativa de vida e na sensação de bem-estar e autoestima, oriundas de hormônios como a serotonina e endorfina. Em segundo plano, o desporto pode ser interpretado como um refúgio àqueles expostos a esferas onde a violência e as poucas perspectivas predominam, como favelas e bairros carentes. Desta forma, o esporte retira e une os jovens das ruas, de forma a fazer com que eles cooperem entre sí e se conectem com o meio social, como por analogia, abrir novos horizontes e desenvolver valores éticos e morais intrínsecos de um cidadão de bem. Não obstante, não se pode desconsiderar uma parcela que exerce um caráter excludente dentro do esporte, visto que selecionam somente os mais aptos, optando não auxiliar e incluir aqueles que não são tão hábeis em determinada modalidade. A superveniente segregação deve ser combatida, a fim de que haja a anexação social. Portanto, fica claro, que as práticas esportivas são ferramentas cruciais na inserção social, além de garantir a construção do caráter do cidadão e proporcionar à ele uma vida saudável. Para que tais práticas se efetivem, a escola deve adversar qualquer exclusão esportiva, de forma a amparar o indivíduo por meio de "escolinhas" de esporte, para que o mesmo possa aprimorar-se em uma atividade. Em adição, o Governo Federal deve implementar uma carga horária integral a todas escolas públicas, com o intuito de que os jovens permaneçam mais na escola, para participarem de atividades lúdicas em prol do aprendizado e de atividades físicas, distanciando-os do ócio e da violência fora da escola.