Relativo à prática esportiva no Brasil, é possível afirmar que um dos seus papeis pode ser a de incluir socialmente a criança. Isso se evidencia pela retirada do menor da rua para um maior tempo nas escolas em consonância com o fato no qual ela aprende a acreditar no seu potencial. O esporte pode ser um veículo de auxílio para famílias em situação de risco. A presença dele nas escolas serve como incentivo para que crianças permaneçam um maior tempo na instituição educacional, ao invés de ficarem nas ruas, o que as deixariam mais suscetíveis a aliciamentos, como por exemplo, de traficantes. Somado a isso, a atividade esportiva exige de seus praticantes uma vida regrada, trabalho em grupo e, o mais importante, mostra à criança que ela possui potencial, sendo possível transpor suas limitações. Angélica Kvieczynski, ginasta brasileira, soube desde cedo que não tinha "habilidade inata" para a prática do esporte escolhido. No entanto, com muita disciplina e esforço, ultrapassou suas dificuldades e tornou-se o maior nome da ginástica rítmica do Brasil. Na Constituição Federal consta que a educação é direito de todos e dever do Estado e da família, devendo ser promovida e incentivada com a colaboração da sociedade. Sendo assim, cabe ao Estado criar mais escolas de tempo integral permitindo um maior acesso, por mais tempo, das práticas esportivas e, às famílias fica a responsabilidade de motivarem seus filhos na participação dessas atividades, seja assistindo-os em campeonatos ou conversando sobre a importância daquilo que estão fazendo. O esporte, portanto, tem se tornado uma ferramenta fundamental no pleno desenvolvimento da criança e na sua inclusão enquanto ser social.