Diante da realização de grandes eventos esportivos- Copa do Mundo e Olimpíadas- no Brasil, a discussão sobre o esporte como meio de transformação social ganhou um destaque na mídia. Grandes nomes do desporto nacional como Neymar, futebol, e Rafaela Silva, campeã mundial de Judô, são constantemente lembrados por terem em comum origens humildes e um sucesso através do esporte. Para um país que quer vencer a exclusão social, é importante não somente vê-lo como recreação e sim como transformação. Na nossa sociedade, a concentração de renda ainda é um fator que impossibilita um desenvolvimento social pleno porém o esporte possibilita que essas barreiras sejam superadas. Podemos utilizar, como exemplo, o desporto que nós faz sermos conhecidos pelo mundo: o futebol. Esse que permitiu e permite a milhares de jovens, principalmente das classes mais baixas, a oportunidade de um futuro melhor e mais digno. Beto, ex-jogador do Vasco e do Grêmio, que teve que escolher –quando jovem- entre o mundo das gangues e o da bola é a prova maior da função social do desporte. É importante lembrar que a atividade física não deve ser encarada somente com os olhos do profissionalismo. Através dela, podemos explorar o viés que estimula o bem estar social e promoção de saúde. A frase traduzida do latim, Mente sã corpo Sã, se faz totalmente necessária para explicarmos a sua importância. Segundo pesquisa da Universidade de Harvard, praticantes de atividades físicas têm uma melhor saúde e conseguem um desempenho melhor nos estudos e trabalho. De uma maneira fácil e barata, podemos evitar a evasão escolar de adolescentes e evitaremos problemas de saúde – que causam um gasto muito alto para a nação – como obesidade e diabetes. É evidente que, se quisermos mudar a realidade do nosso país, precisaremos do esporte. Seja ele com função transformadora ou de alto rendimento. O primeiro passo a ser tomado é a utilização de parte dos impostos cobrados em cigarros e bebidas que causam doenças, como refrigerantes, para a construção de quadras e distribuição de materiais esportivos em escolas públicas. Uma expansão do projeto “Alteta na Escola” também precisa ser feita para que mais núcleos educacionais consigam incluir um número maior de modalidades na carga horária do aluno.