No limiar do século XXI, a sociedade contemporânea brasileira ainda não tem a plena cognoscibilidade da virtude do esporte. Seguindo essa perspectiva, apesar dos avanços e conquistas obtidos, vive-se o paradoxo das dificuldades enfrentadas por muitos praticantes no país do futebol. Nesse sentido, os desafios e as incertezas persistem. Da união da população, como nos movimentos olímpicos desde a Grécia Antiga, à melhoria na aptidão física e mental, os legados do esporte são grandiosos. Esse panorama revolucionário revela o cooperativismo e a tolerância, vistos no campo verde e amarelo, e uma interessante ferramenta de inserção social, um abrir de portas para mudanças de realidade observadas em relatos de pessoas que deixaram as drogas pela atividade. Sendo assim, de acordo com a premissa filosófica de Aristóteles, o homem é um ser social, logo capaz de modificar e influenciar o locus em que vive. Em contrapartida, um ideal meritocrata excludente ainda permeia a sociedade. Muitos sonhos mal podem ser iniciados por falta de apoio, por exemplo, atletas com potencial deixam de iniciar suas carreiras por não terem patrocínio. Nesse contexto, é evidente que tal fato torna-se um calcanhar de Aquiles para o desenvolvimento cultural esportivo auriverde, retratando a realidade segundo o geógrafo Milton Santos: não como fábula, mas como ela é realmente. Ao parafrasear o sociólogo Émile Durkheim, o indivíduo só poderá agir na medida em que aprender a conhecer o contexto no qual está inserido. A partir dessa égide, é imperativo que as atividades físicas façam parte da realidade brasileira. Logo, é condição “sine qua non” que associações de bairros junto com acadêmicos e professores de Educação Física elaborem encontros esportivos periódicos para a comunidade, a fim de maior esclarecimento e inserção dessa na prática de exercícios. Assim, um futuro de inclusões será garantido.