Durante as olimpíadas de Berlim, na Alemanha, o atleta negro Jesse Owens faturou 4 medalhas e comprovou, com isso, que a superioridade da raça ariana era uma farsa propagada pelo partido nazista. Atualmente, o esporte continua sendo um fator de transformação que possibilita a ascensão de indivíduos e, também, um caminho para a superação. Sendo assim, façamos algumas ponderações. É importante mencionar, primeiramente, que a desigualdade tem sido um dos grandes motivadores da segregação social dos últimos tempos. Dessa forma, inúmeras pessoas são marginalizadas e encontram no esporte a oportunidade de alavancar a qualidade de suas vidas. A jogadora Marta, por exemplo, nasceu em uma cidade pobre do interior de Alagoas, mas através do futebol conseguiu superar as expectativas, alcançando títulos de honra como ser eleita cinco vezes consecutivas a melhor do mundo pela FIFA. Entretanto, esse é um caso raro no Brasil, já que o investimento não é suficiente, principalmente para esportes pouco valorizados ou de difícil acessibilidade devido ao alto custo. É essencial destacar, ainda, que as atividades esportivas possibilitam a inclusão de indivíduos que se encontram em estado de vulnerabilidade. Os jogos olímpicos do Rio de Janeiro, por exemplo, deixaram legados de superação como a primeira participação de uma equipe de refugiados e a brilhante atuação dos atletas paraolímpicos brasileiros, tendo como destaque o nadador Daniel Dias. Contudo, Isaac Newton já dizia que “criamos muros de mais e pontes de menos”, ou seja, mesmo sabendo do poder modificador que o esporte possui, ainda há empecilhos que impossibilitam a utilização do mesmo – de forma efetiva – na integração dos mais desfavorecidos. Verifica-se, portanto, que medidas são necessárias para solucionar o impasse. Desta forma, cabe a Receita Federal em consonância com o Ministério do Esporte a acessibilidade e infraestrutura de qualidade para a população mais pobre, construindo arenas esportivas em locais estratégicos e garantindo a manutenção eventual do espaço. Além disso, as ONGS em parceria com os profissionais do esporte podem, voluntariamente, oferecer aulas de várias modalidades nesses locais. Por fim, é papel da mídia difundir a importância do esporte através de histórias verídicas e campanhas de incentivo durante o horário nobre. Assim teremos, paulatinamente, uma pátria reconhecida pelo desenvolvimento esportivo.