Segundo o filósofo Aristóteles, o homem é naturalmente um ser social. Tal frase, dialoga com o esporte, pois este pode ser um meio de ressocialização e transformação social, mas pouco é incentivado e praticado atualmente, gerando indagações. Em primeiro plano, o esporte possui o potencial para a transmissão de valores e virtudes, que contribuem para a formação do sujeito social, além da promoção da saúde física e psicológica. Isso, pode ser visto em projetos de inclusão já existentes, como a Central Única das Favelas (CUFA) que levam atividades esportivas a crianças de baixa renda, a fim de que estas não sejam levadas para o mundo do crime. Em contrapartida, os projetos estão sendo introduzidos e aceitos aos poucos, deixando evidente que muitas crianças e adolescentes de periferias e cidades que não possuem recursos ainda passam muito tempo nas ruas, dedicados ao ócio. Ademais, sem o estímulo no âmbito escolar e familiar, os indivíduos são seduzidos pela vida fácil e farta, se envolvendo principalmente em tráfico de drogas e roubos, alienados à possibilidade de ascensão que o esporte pode vir a oferecer. Portanto, para que este quadro seja revertido, é preciso que haja a ampliação de projetos de inclusão através de ONG’s, para a formação de escolas de esportes em conjuntos habitacionais em que o recurso é escasso. Juntamente, é viável que haja a realização de aulas coletivas ao ar livre, com o intuito de promover a cooperação e aprendizado mútuo, pois só assim será construído o caminho para uma transformação social.