Atualmente, vivemos em uma sociedade cada vez mais marcada pela falta de oportunidades para as pessoas menos abastadas, o que gera inúmeros malefícios, podendo ser citados os elevados índices de marginalidade e a violência urbana nas regiões mais periféricas. Porém, há várias maneiras de se amenizar essa situação , a mais próspera delas é através do esporte, que surge como um objeto de ressocialização de um indivíduo ao seu meio. No entanto, quando esse objeto é inserido em situações competitivas, é passível de críticas acerca de seu caráter de seletividade, excluindo pessoas consideradas menos aptas e deixado-as à margem desse processo de integração. Todavia, é de conhecimento geral que todos os seres que vivem em sociedade, indubitavelmente, estão sujeitos a processos seletivos, seja em uma entrevista de emprego ou em um simples teste escolar. Certamente, é perceptível o poder transformador do esporte em vários âmbitos de uma comunidade, como tirar jovens carentes de condições precárias, ajudar pessoas problemáticas e desordeiras e consequentemente construir cidadãos. Já que o esporte dá perspectiva de vida, quebra barreiras e projeta o bom caráter de um indivíduo, semelhante ao atual caso televisionado de duas irmãs que eram moradoras de favela e filhas de um traficante no Rio de Janeiro e viram em um esporte chamado badminton a fuga para um futuro melhor. Da mesma forma, a prática esportiva em equipe exalta o coletivismo, a cooperação entre as pessoas e o senso humanitário, fatores que nos dias de hoje há uma severa escassez. Visto que só existe marginalidade quando há seres egoístas que são incapazes de se colocar no lugar do outro. Em suma, o esporte traz consigo uma gama de benefícios para a sociedade e seus indivíduos, e ainda combate males que muitos governantes não conseguiram extinguir com a aplicação de capital em diversas áreas. Contudo, com a ajuda de parcerias público-privadas e ong's para a formulação de projetos sociais e investimentos em estruturas capazes de dar todo o apoio aos jovens, principalmente os menos favorecidos e mais suscetíveis a desvios de conduta, ressocializando-os.