O esporte é extremamente benéfico para a saúde de seus praticantes. Além de promover a melhora física dos atletas, o esporte impõe disciplina à vida destes. O esporte pode ser também uma importante arma de inclusão social, proporcionando um amplo ciclo de amigos para quem o pratica. Porém, não é esta a realidade esportiva brasileira. A população com renda mais baixa não é muito incentivada pelo governo a praticar esportes, e, os que praticam, estão totalmente desvinculados do estudo. O Brasil é conhecido mundialmente por revelar talentos no futebol, esporte este que é praticado por grande parte da população. Muitos brasileiros, de todas as classes sociais, quando jovens sonham em jogar futebol profissionalmente e ganhar muito dinheiro como seus ídolos, e por isso começam a prática deste esporte demasiado cedo. Entretanto, poucos conseguem se profissionalizar e se tornar um grande jogador de futebol, e assim, os indivíduos mais pobres, quando fracassam, ficam sem projeção na vida, pois ao invés de terem estudado, estavam em busca de um ‘’sonho longínquo’’. A meritocracia excludente do Brasil presente no esporte pode ser percebida também em outras modalidades, como por exemplo no tênis, no golfe e na esgrima. Nestes esportes, os materiais e equipamentos necessários para a sua execução são muito caros, excluindo assim a parcela mais pobre da população da prática dos mesmos. Portanto, no Brasil há uma barreira visível entre ricos e pobres, até mesmo no esporte. O futebol pode ser considerado uma exceção por ser amplamente praticado por indivíduos mais pobres, porém, de uma maneira geral, não são muitos os indivíduos de classe social baixa que conseguem ser extremamente bem sucedidos na prática esportiva. O governo brasileiro deveria valorizar mais a prática de esportes nas escolas públicas do país, promovendo bolsas de estudo para os atletas que possuírem talento. Desta maneira, os atletas podem se ater à prática esportiva sem desvincularem-se dos estudos, que são importantíssimos para a formação de qualquer cidadão.