A competição é uma ato inerente do ser humano e é vista de forma geral como responsável por fomentar a criação de princípios deterministas no meio social. No entanto, as disputas podem fornecer ao indivíduo uma motivação para que sempre o melhor de si seja empregado nas atividades. Um exemplo disso são os esportes, que geram maior inclusão e possibilitam a expansão da bagagem cultural do esportista. As instituições esportivas são erroneamente comparadas às máquinas de controle de qualidade, que objetivam selecionar e beneficiar os melhores. Entretanto, as consequências do hábito de realizar atividades físicas oferecem resultados ambíguos quando comparados com as teses do senso comum. Exercícios físicos como a capoeira, a dança e o futebol, são preferencia em direcionamento de investimentos do terceiro setor, uma vez que conseguem de forma eficaz atingir a finalidade de reinserir o indivíduo na sociedade. A autoestima, a saúde e a capacidade de formar vínculos são o saldo positivo que as atividades físicas depositam na memória do cidadão. Além disso, a partir do incentivo à persistência, da conquista de metas e derrubada de obstáculos, é produzida uma mensagem, muitas vezes percebida inconsistentemente, de que tudo é possível caso exista foco e determinação. Portanto, as barreiras excludentes impostas pelas contrariedades existentes em nossa realidade, não são suficientes pra impedir o êxito de uma meta. A concepção de que os esportes favorecem apenas os mais aptos deve ser abandonada do imaginário de nosso país. Para isso, é necessário que os profissionais das áreas esportivas se comprometam ainda mais com a máxima de igualdade diante de seus alunos. A inserção de conhecimentos de outras disciplinas em palestras e nas aulas, como biologia, português e história, contribuiriam para dar uma nova perspectiva da influência positiva dos esportes na vida da população. Assim, o esporte passaria a ser um item básico pra a vida do brasileiro, melhorando a qualidade de vida da população.