O esporte corresponde a práticas recreativas ou de manutenção da saúde física e/ou mental do praticante. Atualmente, configura-se como ferramenta para competições e, também, atende como dispositivo social. Desse modo, depreende-se que, por sua essência, apresenta-se como fator de inclusão na sociedade; é distorcido, conquanto, para finalidades comerciais, utilizando a meritocracia como selecionador principal. Muitos esportes foram criados para a recreação, tal como o basquete, que surge como atividade escolar no Canadá. Destarte, sem a pretensão excludente, a prática esportiva revela-se como ferramenta de inclusão social, pois incentiva a interação sem preconceitos e cria uma convivência integrada. Por conseguinte, classes econômicas distintas em países desiguais socialmente podem ser aproximadas e jovens podem ser repelidos da criminalidade, por exemplo. No Brasil, essa situação torna-se frequente, e iniciativas como o Instituto Bola pra Frente no Rio de Janeiro atuam para o desenvolvimento da sociedade. Não obstante, a consolidação capitalista implica princípios comerciais no esporte: o patrocínio elevado, a atuação midiática e a exportação de atletas. Esses componentes originam processos de seleção que focam na meritocracia. Dessa maneira, tornam-se opostos à essência inclusiva da prática esportiva e contribuem para a desqualificação da mesma, porquanto inserem no indivíduo a mentalidade competitiva como superior à integração. Em virtude dos fatos apresentados, torna-se necessário o desenvolvimento de dispositivos que conscientizem os praticantes quanto à inclusão social. Portanto, os projetos esportivos já existentes devem incluir nos seus programas palestras que abordem o assunto diretamente. Ademais, grêmios estudantis devem estabelecer com professores de educação física diálogos sobre a pressão comercial no esporte.