Título da redação:

Para que "Escola Sem Partido" não se torne "Escola Sem Política"

Tema de redação: "Escola Sem Partido" e os rumos da educação no Brasil

Redação enviada em 11/09/2016

Desde o apogeu ideológico grego, as escolas têm sido locais de debates e argumentações, objetivadas principalmente ao desenvolvimento da função cidadã mais importante: a Política. O "Escola Sem Partido" conduz-se justamente em sentido contrário, o que é um grave problema para a educação e sociedade brasileira. Embora o nome traga sentido positivo, uma vez que a pluralidade deve ser incentivada nas instituições de ensino, o posicionamento do projeto contribui para a precarização educacional, visto que a proibição dos debates e exposição de opiniões restringe a educação aos conceitos teóricos e impossibilita o crescimento tanto social quanto cultural do jovem frente a diversidade ideológica, assim como de sua capacidade intelectual e imaginativa que somar-se-ia ao conteúdo tecnológico do país. Ademais, não há um só acontecimento que não envolva divergências políticas, seja a Revolução Francesa, a Primavera Árabe, ou qualquer outro, inclusive os atuais. A consciência crítica deve ser desenvolvida com liberdade e argumentação presente nas discussões desses temas em aula, visto que, segundo Aristóteles, "o homem, por natureza, é um animal político", e negar-lhe isso é negar-lhe sua essência. Desta forma, é importantíssimo que as escola não se tornem unipartidárias, mas que permaneçam como instituições que prezam também pelo "educar social". É dever do Estado incentivar a troca de opiniões e ideias na formação acadêmica, instituindo, além das disciplinas clássicas, como Linguagens, Ciências e Matemática, o estudo político, econômico e financeiro, e social nas grades curriculares obrigatórias, que intentem ao crescimento social e educacional do Brasil.