Em momentos de crise, como a vivida hoje no Brasil, o radicalismo de ideias políticas e sociais gera conflitos que se deparam com a base da sociedade, a educação. Hoje, a liberdade de profissionais da educação vê-se ameaçada por ideologias radicais que ameaçam a formação do senso crítico de toda a sociedade. Teoricamente, em um Estado democrático e altamente diversificado, como o Brasil, todos os grupos socais deveriam possuir representantes políticos. Entretanto, a realidade é inversa, e somente grupos já privilegiados estão sendo favorecidos, como é o caso dos Evangélicos, por exemplo. Isso, inevitavelmente, torna os ideais católicos e conservadores, os determinantes na sociedade, o que fica evidente através do projeto de lei "Escola sem Partido", que tem por objetivo eliminar qualquer opinião contrária á conservadora nas salas de aula. Projetos de lei que delimitem o debate nas escolas são um retrocesso enorme para o país por diversos fatores. Pois, além de vedar a liberdade dos professores e reduzi-los a meros imitidores de informação, o principal papel da escola de fornecer conhecimento social para formar cidadãos mais críticos e conscientes, é ameaçado. O projeto "Escola sem Partido", determina que nada que os pais não ensinem deve ser debatido ou apresentado aos seus filhos, que é um crime contra a luta das minorias que lutam pelo seu espaço na sociedade e que vêem na educação do país, uma forma de erradicar o preconceito e finalmente, atingir a igualdade de direitos. Para reverter esse cenário caótico e ultrapassado, deve-se partir do ponto onde ele começou, nas urnas. A escolha correta de representantes é a prioridade para restaurar a diversidade de ideias, ultimamente tão ameaçada. Para isso, ofertar informações e gerar debates é imprescindível, por isso faz-se necessário que as universidades desenvolvam aplicativos para celulares, administrados por cientistas políticos e sociólogos, contendo dados, informações e comentários, visando dar a população a chance, através da educação política, de preservar sua diversidade e restaurar a liberdade do pilar da sociedade, a educação.