O projeto escola sem partido propõe estabelecer limites nos conteúdos que são ministrados pelos professores nas salas de aula. De certa forma, tal projeto representa uma ameaça á liberdade de pensamento, uma vez que submete o aluno á alienação, e, o priva, dos acontecimentos e avanços políticos e sociais. Posto isso, levanta-se a questão – Quais são as reais implicações do projeto escola sem partido, e, quais as mudanças que esse causaria na sociedade? Aristóteles, filósofo grego, dizia que o homem e um animal político, que vive pela cidade e pelos integrantes da sociedade. No entanto, do ponto de vista dos criadores do projeto, os professores não devem repassar posicionamentos políticos aos alunos, com a alegação de que os doutrinadores poderiam alienar os estudantes á ideologia de um partido politico em específico. Mas, em decorrência de tal medida, o aluno, futuro cidadão ativo da sociedade, cresce privado de incentivo áquilo que lhe é inato – viver pela sociedade, transformando-a sempre que necessário, através da política Além disso, o projeto também estabelece que não deve ser discutido em sala de aula notícias transmitidas pelos telejornais, ou seja, fatos que ocorrem no Brasil e no mundo, para que não haja, dessa forma, confronto com o posicionamento dos pais e responsáveis do aluno, acerca de determinados acontecimentos. Em virtude disso, o projeto se resigna na idéia de uma sociedade intolerante á divergência de opiniões e age, de forma análoga aos tempos da ditadura, como uma ferramenta de censura. Diante disso, fica evidente a necessidade do ministério da educação barrar a implantação do projeto escola sem partido, para que o futuro em uma sociedade democrática seja possível. Ademais, é preciso que os líderes comunitários promovam palestras, ministradas por pessoas que sofreram os efeitos da censura nos tempos da ditadura, aos responsáveis por crianças em idade escola, para que esses saibam lidar de maneira produtiva com as divergências de opiniões advindas do meio escolar. Em síntese, desde que haja diálogo e comprometimento entre escola, família e sociedade, a educação no Brasil estará sendo direcionada a um futuro mais democrático e igualitário.