A escola é um dos locais onde os jovens recebem parte de sua formação como cidadãos e como futuros profissionais. Contudo, esta não deve ser feita tendenciosamente. Cabe aos educadores a tarefa de estimular o desenvolvimento do pensamento crítico e da autonomia dos alunos sem que haja doutrinação ideológica. O currículo escolar brasileiro carece de conteúdos relacionados a política e cidadania, pois a maior parte dos estudantes completa o ensino médio sem saber se posicionar politicamente de forma adequada, assim como compreender as propostas e o caráter ideológico dos partidos e seus candidatos. Situação que não deveria ocorrer, afinal a esses jovens já é garantido o direito ao voto. Há, também, deficiências no que diz respeito a estímulos e instruções a fim de que os alunos busquem aprendizado de forma autônoma, de modo a torná-los menos dependentes de professores. Isso porque tal comportamento seria benéfico para a construção da identidade intelectual dos discentes, contribuindo para seu crescimento como cidadãos e profissionais. Verifica-se, assim, a necessidade de uma reforma curricular na educação básica. Que o ministério da educação e as instituições de ensino enriqueçam a formação dos jovens dando maior ênfase a disciplinas como filosofia e sociologia e incluindo conteúdos de ciências políticas e jurídicas, em vez de saturá-los de informações com pouca utilidade prática. E que os professores estimulem a independência intelectual dos estudantes. Dessa maneira, a escola cumprirá com excelência o seu papel, não exclusivo, de formar notáveis membros da sociedade e do mercado de trabalho. Os quais contribuirão para o desenvolvimento socioeconômico do país nas gerações posteriores.