Em o filme A sociedade dos poetas mortos, o protagonista na figura de um professor de Filosofia promove aulas com dinamismo, a fim de despertar nos alunos suas próprias reflexões e assim uma transformação na vida de cada um deles. De forma paradoxal sobre o papel do professor em sala de aula, está o projeto ''Escola sem partido'', que restringe a atuação do mestre no quesito de expressar-se. Ora, o mediador do conhecimento tem sua fala silenciada- mais uma vez... Nesse aspecto de um vasto mundo informacional, abre-se leque para o debate de certos assuntos taxados de ''polêmicos'' dentro do ambiente escolar. Nas disciplinas favoráveis a discussão de opiniões- Sociologia, Filosofia e História, a liberdade de expressão entra em cena em tais ocasiões por meio de eixos políticos e filosóficos, não somente para transmitir fatos e o próprio conhecimento mas também para formar melhores cidadãos e mentes com criticidade. Assuntos como os direitos dos homossexuais, o cenário político no país e até mesmo o crescimento do feminismo, são temáticas que precisam de abordagem cautelosa, mas que procure respeitar os valores impostos pelas famílias dos jovens. Outrossim, Paulo Freire afirmara que a sociedade não mudará sem a Educação. Logo, o processo educacional deve ser uma junção das instituições sociais: família mais escola e até mesmo a própria religião, uma não deve negligenciar a função da outra pois ambas precisam atuar para a base humana dos indivíduos. Já no tangente a escola, tal êxito nesse sistema aponta para a multiplicidade de fatos e opiniões, por ser a escola um lugar de integração com o ''diferente''. É preciso, valorizar tal diversidade, aprendendo a valorizar e praticar o respeito. Infere-se, portanto, subestimar a figura do professor no tocante á educação é deixar de acolher e lhe dar com as distinções em sociedade. Para salutar essa realidade, é necessário que as famílias respeitem também o posicionamento dos professores permitindo sua liberdade de expressão, assegurada pela Constituição Federal, não havendo nenhuma censura. As escolas, promovam cursos profissionalizantes ao corpo discente para que saibam trabalhar com as contrariedades no âmbito escolar e ao mesmo tempo não deixar uma opinião ser mais relevante que outra. Somente assim, vislumbraremos a proposta de Gandhi ''Não é preciso entrar para a história, para fazer um mundo melhor''.