"Escola sem partido" é um movimento e projeto de lei (PL nº867 de 2015) que de forma equivocada e partidária tem como objetivo acabar com a "doutrinação" politica e ideológica dentro das salas de aula. Dentre tantos fatores relevantes, podemos destacar: a releitura seletiva da Constituição Federal e a questão dos professores. O movimento e PL "Escola sem Partido", tem como base, regras (deveres do professor) contra a doutrinação nas escolas, as quais serão implantadas nas salas de aula caso o projeto seja aprovado . Ao todo são seis regras, algumas delas mesclam questões realmente questionáveis: o professor não fará propaganda politico partidária, com questões que de acordo com a Constituição é um dever da escola e da família: não incitará seus alunos a participarem de manifestações e passeatas. Propagandas partidárias realmente não cabe ao professor e nem à escola, mas manifestar é exercício de cidadania e na constituição está claro que a escola tem o dever de preparar o aluno para qualificação profissional e desenvolvimento pessoal assim como para o exercício da cidadania. Os líderes do projeto insistem em dizer que os "deveres do professor" garantem o direito de aprender do aluno estabelecido pela constituição, é esquecido que dentro da sala de aula convivem educadores e aprendizes, os direitos dos professores não são mencionados, ou seja, todo o projeto é embasado na constituição porém de forma seletiva, visando apenas uma parte dos componente. Ao analisar o artigo 206 da Constituição Federal de 1998, é possível perceber que o projeto afronta o direito dos professores de ensinar divulgar pensamentos, pluralismo de ideias e concepções pedagógicas. Diante dos argumentos apresentados é possível inferir que o projeto foi elaborado de forma equivocada e com interesses notoriamente políticos. A escola e os professores tem como objetivo e dever transmitir conhecimentos com bases cientificas, ensinar e incentivar cidadania e o pensamento crítico,com a implantação do projeto a formação do aluno será prejudicada assim como a formação de sua própria opinião. A aprovação da PL nº867 "Escola sem partido" é uma afronta aos professores e um passo grande em direção à formação de uma sociedade opressora, injusta e até mesmo ditadora.