A organização “Escola Sem Partido”, criada em 2004, defende que somente os pais têm o direito de educar seus filhos e as escolas vêm sendo utilizadas como instrumento de doutrinação, principalmente pelo fato do professor se posicionar quanto ao conteúdo ministrado. Este tipo de pensamento pode ser considerado um retrocesso ao desenvolvimento da educação no país, por permitir que sejam formados indivíduos alienados, despolitizados e preconceituosos frente à realidade de um país tão diverso quanto o Brasil. As ideias propostas, pela organização citada, beiram quase a insanidade e nos remete ao fundamentalismo e até mesmo a épocas ditatoriais no país, na qual a liberdade de expressão era violentamente repreendida. É necessário compreender que a escola é um ambiente privilegiado de aprendizagens, o aluno através da convivência com outros indivíduos desenvolve maior intimidade com as diferenças. Além disso, trabalha o senso-crítico, ao se deparar com opiniões diferentes daquelas arraigadas ao seu ambiente social fora da escola. Permitindo dessa forma que não sejam facilmente ludibriados e alienados, já que possuem uma opinião própria e sabem defendê-la. De acordo com a “Escola Sem Partido”, o professor apresenta como função apenas a transmissão robotizada do conteúdo programático, sem o direito de exprimir suas opiniões e convicções. Quando o indivíduo passa por uma formação docente, aprende que deve desempenhar um importante papel na formação sócio-crítica daquela criança. Tornando-se necessário que assuntos relevantes para o mundo, cada vez mais globalizado e modernizado, sejam expostos em sala de aulae debatidos. Além disso, é importante lembrar que a partir do momento em que regras forem ditadas, do que deve ou não ser ensinado, por pequenos grupos com diferentes ideologias, a pluralidade e a multiculturalidade não é respeitada. Em virtude do que já foi mencionado, está clara a necessidade da conscientização dos pais dos alunos que o preconceito fere os direitos humanos, que seus filhos devem ter uma educação completa baseada no estímulo do desenvolvimento da sua criticidade e tolerância às diversidades. Garantindo a formação dos indivíduos pensantes com princípios éticos e morais. Para uma melhor conscientização é necessário que haja o trabalho em conjunto do governo, escola e professor no desenvolvimento de políticas públicas e programas que combatam a intolerância e destaque a importância do papel do professor como agente social.