Escola sem partido é uma iniciativa conjunta de estudantes e pais preocupados com o grau de contaminação político ideológica das escolas brasileiras, em todos os níveis, do ensino básico ao superior. Com base nisso, é essencial analisar, os rumos que a educação brasileira está tomando, e até que ponto isso prejudica a aprendizagem dos alunos. Antes de tudo, é imprescindível ressaltar que a escola é um lugar democrático político e socialmente. Isso porque, é na escola que o aluno se torna cidadão, é por meio da socialização do conhecimento transmitido pelos professores que os alunos ratificam sua educação moral e sua convicção de ser agente transformador da sociedade. A escola é um lugar plural que acolhe o aluno com seu ponto de vista, e o ensina mecanismos de ser um elemento pensante e sociável. Exemplo disso, são dados de uma pesquisa veiculada na revista Escola, em que 33% dos alunos do ensino médio de escolas públicas do estado do São Paulo, afirmaram que muitos professores os deixam livres para darem suas opiniões em determinados assuntos dados em sala, e que isso engradece muito seu aprendizado e os enriquece como cidadãos. A escola sem partido visa, principalmente, a liberdade de expressão. Não é direito de nenhum partido político interferir na metodologia de qualquer escola e de qualquer professor. Não se pode doutrinar e muito menos guiar ou atrapalhar os assuntos que são transmitidos em sala de aula. O governo vem tentando naturalizar o comportamento dos alunos, e isso atinge diretamente o que os pais ensinam aos filhos. Temos como exemplo, dados do site Mundo Escola, em que afirma em que muitas escolas do interior da cidade do Rio de Janeiro, os professores são mecanizados e doutrinados a transmitir apenas os assuntos que estão no livro didático, sem esboçar sua opinião a respeito do mesmo, e sem deixar os alunos debaterem entre si. Compreende-se, portanto, que a influência de partidos políticos no espaço escolar, prejudica, e muito a aquisição de conhecimento dos alunos. Esse quadro será revertido quando houver a consciência pelos partidos que a pluralidade é a base do processo educativo e que não se pode torna-lo singular. Aliado a isso, é necessário que alunos, professores e comunidade se juntem buscando barrar essa investida do governo, pois a escola é um aparato social que ensina o aluno a voar, e não a ficar engaiolado.