A educação brasileira é , veementemente , julgada pela não formação de senso crítico para com os seus estudantes . Entretanto , há uma ala da nação que pretende solucionar tal entrave com um projeto de lei que , paradoxalmente , não é uma solução . "Escolas sem partido" promete reformar o ensino escolar vetando discussões politico-ideológicas em salas de aula e fazendo com que todo o conteúdo didático passe por um crivo de censura fiscalizado pelos pais dos estudantes . Isto contribuiria para o retardamento do desenvolvimento estudantil , de forma que crianças e jovens estariam restritos aos ideias de "dentro de casa" e excluídos do confronto de opiniões estre o corpo docente e discente que se faz tão produtivo a educação . Com a dialética limitada , assuntos como : homossexualidade , política , racismo , igualdade de gênero dependeriam do posicionamento paterno e materno para receberem o aval de discussão ; ou seja , tabus e fatos polêmicos seriam burocratizados , dificultando ainda mais a resolução de tais problemáticas . No entanto , para que os alunos formem um senso crítico é indispensável que os pontos maléficos a sociedade sejam discutidos de forma parcial e aberta . Os professores , ao contrário de serem censurados , deveriam receber a voz e tomarem as rédeas de um contra-projeto , em resposta as "Escolas sem partido" , que viesse acabar com a indiferença dos cidadãos e criasse instituições ativas que lutem pela população . Ressonante a isto , as escolas deveriam ser o principal espaço de debates e construção de pensamentos onde alunos poderiam refletir sobre seus posicionamentos e obter conclusões favoráveis as suas vontades . Desta forma , não surgiriam políticos que propusessem medidas como esta .