Título da redação:

"Escola Sem Partido" ou "Escola Sem Futuro"?

Tema de redação: "Escola Sem Partido" e os rumos da educação no Brasil

Redação enviada em 28/09/2016

Em todo o planeta vive-se atualmente uma era de conservadorismo, que pode ser confirmada com base na candidatura de Donald Trump, assumidamente conservador, à presidência dos Estados Unidos, na crise imigratória na Europa, além da queda da presidente do Brasil por meios, no mínimo, questionáveis. Nesse panorama, surge o movimento “Escola Sem Partido”, que propõe um ensino neutro, mas que é extremamente falho e nefasto na sua concepção. Primeiramente, é importante perceber a clara contradição existente no projeto. Este, enquanto busca um ensino imparcial e sem doutrinação, determina a proibição de conteúdos que confrontem conceitos religiosos sejam ensinados; ao mesmo tempo que quer que a Constituição seja respeitada, diz que o professor não pode ter liberdade de expressão em sala de aula, o que configura um claro desrespeito às leis vigentes no país. Além disso, é necessário entender qual a real motivação desta proposta. O movimento é orquestrado pela elite brasileira, que vê a atual juventude com insegurança, pois esta questiona a realidade vivida no país. A simples transmissão de conteúdo no lugar do debate no ambiente escolar faz com que os alunos não questionem os problemas e as injustiças existentes, e simplesmente os aceitem, o que facilita o controle dos mesmos pela classe dominante. Portanto, é evidente que o “Escola Sem Partido” possui motivações obscuras, não oferece benefícios para as classes dominadas e busca apenas manter o “status quo”. Cabe à sociedade, por meio de manifestações e debates, se posicionar contra a proposta, fazendo pressão política para que a mesma não seja aprovada. Somente com a presença de debates e questionamentos é possível evoluir como cidadão e, consequentemente, tornar o mundo um lugar melhor para que todos vivam em harmonia, independentemente das diferenças.