"   Escola sempartido" : expressão que não cabe em um regime democrático O filósofo Imanuel Kant dizia que o ser humano é aquilo que a educação faz dele. Baseado nessa afirmação, entende-se com clareza os diferentes períodos da história, a forma como a educação era transmitida e as consequências disso na formação das pessoas. Na idade média ,por exemplo, os hábitos,  costumes,  credo das pessoas eram moldados pela igreja Católica através de uma educação pautada em senso comum. Da mesma forma, no Brasil, o projeto de lei "Escola sem partido ",embora seus criadores neguem, visa não só a transmissão do ensino baseado em esteriótipos, mas também em amordaçar educadores e promover uma doutrinação ideológica à direita. O professor exerce uma função fundamental em sala de aula, ensinar a diversidade , pois é neste contexto em que a sociedade está inserida. No entanto com este projeto, o papel do educador será minimizado a uma simples reprodução de idéias sem referência na sociedade formando um aluno sem senso crítico, alheio as questões sociais e despreparado para lhe dar com as diferenças. Além disso,  esta lei confronta teorias cientificamente comprovadas e estabelecidas, já que estas contrapõem os valores que os criadores desse projeto defendem. O resultado disso será um ensino fundamentado em clichês, teoria criacionista e a formação de um Estado teocrático. É preciso considerar ainda os aspectos políticos-ideológicos envolvidos no processo, pois os políticos defensores do projeto representam uma bancada conservadora que visa impor seus valores e credos não respeitando as diferenças. O objetivo deles é acabar com todo tipo de visão adversa e impedir que questões sociais sejam debatidas dentro do ambiente escolar criando assim um Estado de excessão, que por sua vez, enfraquece o regime democrático. Dessa forma, percebe-se que o projeto de lei "Escola sem partido" representa uma ameaça à ciência, a democracia e a liberdade de expressão. Por isso não deve ser aprovado pelo congresso nacional, mas para isso é preciso que cada indivíduo,  estudantes,  professores denunciem este atentado à liberdade através das redes sociais. Cabe a sociedade se mobilizar pressionando os parlamentares para que rejeitem esta lei e a mídia como formadora de opinião lançar campanhas publicitárias para convencer os cidadãos de que este projeto representa um retrocesso. Com isso  a democracia será fortalecida, a escola formará pessoas preparadas para o debate e pronta para conviver com as diferenças promovendo assim justiça social.