Escola limitada Recentemente, foi lançado o projeto de lei intitulado “Escola sem partido”. Esse visa, segundo seus criadores, neutralizar os ensinamentos dos professores, proibindo-os de expor suas ideias, críticas e qualquer tipo de ideologia. A pergunta é: será mesmo possível lecionar sem citar seu ponto de vista? Uma das possíveis causas para essa lei estar em discussão vem do argumento de que o professor estaria doutrinando seus alunos ao mostrar-lhes suas opiniões sobre determinados assuntos, tais como: política; crença religiosa e, principalmente, suas ideologias. Outro argumento é o de que os professores se aproveitam do ambiente de aprendizado em que os alunos se encontram para doutriná-los com ideologias de esquerda. O que os adeptos a essa lei não entendem é que os estudantes que ali estão detêm o poder de argumentar e tirar suas próprias conclusões a respeito de qualquer ideologia que lhes venha a ser apresentada pelo professor. Vale lembrar que quando o estado impede o professor de apontar suas ideologias aos seus alunos, está impedindo o aluno de conhecer um determinado ponto de vista. Uma solução plausível para esse problema seria a inclusão de uma matéria que abordasse temas de atualidades. Logo após, ao final da explicação do professor, far-se-ia um debate entre os alunos, cada um expondo suas ideias a respeito do assunto tratado, fazendo com que todos os estudantes ali presentes pudessem ouvir e refletir a respeito das várias ideias e pontos de vista discutidos na sala de aula. Sabemos que a escola faz parte da vida das pessoas desde muito cedo, são como nossa segunda casa. Como consequência, temos os nossos professores que podem e devem ser tratados como nossos pais secundários. Em resumo: nossos mestres – como eram denominados no século passado - têm todo o direito de educar e mostrar aos jovens de nossa nação as suas ideias a cerca dos mais diversos e amplos assuntos, sempre se lembrando de que cabe aos discípulos rejeitar, questionar ou acatar aos seus ensinamentos.