A educação, historicamente, não é apolítica uma vez que as escolas sempre foram voltadas para atender as demandas de uma parcela da população, seja da elite intelectual ou do governo. Contudo, atualmente, julga- se a educação como uma doutrinação e com isso questiona- se os rumos que a educação deve seguir. Deve-se destacar que a educação escolar sempre foi um benefício restrito a pare da população e um meio de manutenção do poder da elite. Por exemplo, as mulheres só tiveram acesso a educação a partir do momento que foram inclusas no mercado de trabalho e com isso adquiriram poder econômico. Desse modo a educação sempre foi um meio de doutrinação, porém, isso só ganhou destaque a partir do momento em que a educação motivou questionamentos que vão contra o pensamento conservador enraizado na sociedade brasileira. Assim, observa-se que os assuntos julgados como “partidários”, na verdade, são assuntos que envolvem tabus, como gênero, feminismo e igualdade racial e social. É licito afirmar que esses assuntos são referentes á minorias sociais, historicamente marginalizadas , como os negros- que correspondem a cerca de 70% das pessoas que vivem na mizeria no Brasil- ou as mulheres, cujos salários são, em media, 30% menores que os salários dos homens . O julgamento que ocorre com os tópicos estudados em sala de aula e as acusações de “doutrinação” nada mais são do que reflexos da educação conservadora- e portanto doutrinária- que o Brasil tinha. Por isso, tanto as minorias, beneficiadas com tal inclusão, quanto as elites intelectuais devem se esforçar em difundir ainda mais esses tópicos, tal difusão pode ocorrer por meio das redes sociais com textos e vídeos informativos feitos por professores qualificados.